CUT se organiza para lançar bancada de sindicalistas ao Congresso em 2018 e preocupa PT
Nossa vez Num movimento que despertou preocupação
na cúpula do PT no Congresso, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) se
organiza para lançar uma série de sindicalistas na eleição de 2018. O
próprio presidente da central, Vagner Freitas, deve concorrer a uma
cadeira na Câmara. Embora o ex-presidente Lula estimule a ofensiva,
deputados e senadores petistas avaliam que a entrada da entidade na
corrida divide seu eleitorado e dificulta a reeleição de nomes
tradicionais da sigla.
Alfinetada Os sindicalistas dizem que o Congresso
precisa de parlamentares “mais bem preparados” para “o embate em defesa
dos direitos dos trabalhadores”. O presidente da CUT em Pernambuco,
Carlos Veras já é tratado como candidato.
Regra de três Nos debates em que incentiva as
candidaturas, Freitas lembra que a Câmara eleita em 2014 é formada,
majoritariamente, por empresários e ruralistas. Juntos, eles são mais de
300 deputados, diz — 59% da Casa.
Não troque o certo Com o desgaste da imagem do PT, a
bancada de senadores da sigla optou por um caminho pragmático. Todos, à
princípio, construirão bases para candidatura à Câmara. Quem sentir que
há clima para a reeleição, muda de rumo e parte para a disputa
majoritária.
Frio e calculado Políticos citados na lista de Edson
Fachin reclamam do timing adotado pelo Supremo para repassar os dados à
imprensa: às vésperas do feriado de Páscoa. Por isso, lamentam, ninguém
teve acesso oficial às acusações da Odebrecht.
Seriado Na tentativa de conhecer a delação,
deputados, senadores e ministros passaram os últimos dias prostrados
diante de computadores e TVs buscando vídeos que fizessem referência a
eles. A maratona foi apelidada de “Netflix da Odebrecht”.
Legado Edson Fachin se mudou para o gabinete do
antigo relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki. Há mais espaço e
estrutura para os trabalhos, dizem auxiliares.
Grão de areia O monitoramento que o Palácio do
Planalto faz nas redes sociais mostrou que, até esta quinta (13), o
desgaste do governo e de Michel Temer com a publicação dos relatos da
Odebrecht ficou diluído em meio às menções negativas a diversos
políticos e partidos.
Cada um por si Fortemente atingidos pela delação da
Odebrecht, os três figurões do PSDB, Aécio Neves (MG), Geraldo Alckmin
(SP) e José Serra (SP) adotaram estratégias distintas para reagir ao
turbilhão de acusações.
Barata voa Aliados de Aécio disseminam vídeos em que
delatores negam que o tucano tenha cometido corrupção, por exemplo,
para mitigar danos. Serra, por sua vez, dá aos jornais declarações
protocolares. Sua defesa concentra arsenal para apresentar diretamente à
Justiça.
Em silêncio Alckmin se recolheu. Evento que estava
programado há meses para ocorrer na terça (18) e que tinha a
participação do governador como principal atração foi desmarcado. A
confirmação do cancelamento veio após a explosão das delações.
Edição é tudo A publicação de trechos dos vídeos dos
próprios delatores como atestado de idoneidade nas redes sociais também
foi a estratégia adotada pelo ministro Bruno Araújo (Cidades).
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