sábado, 15 de abril de 2017

CUT se organiza para lançar bancada de sindicalistas ao Congresso em 2018 e preocupa PT
Painel - FSP
Nossa vez Num movimento que despertou preocupação na cúpula do PT no Congresso, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) se organiza para lançar uma série de sindicalistas na eleição de 2018. O próprio presidente da central, Vagner Freitas, deve concorrer a uma cadeira na Câmara. Embora o ex-presidente Lula estimule a ofensiva, deputados e senadores petistas avaliam que a entrada da entidade na corrida divide seu eleitorado e dificulta a reeleição de nomes tradicionais da sigla.
Alfinetada Os sindicalistas dizem que o Congresso precisa de parlamentares “mais bem preparados” para “o embate em defesa dos direitos dos trabalhadores”. O presidente da CUT em Pernambuco, Carlos Veras já é tratado como candidato.
Regra de três Nos debates em que incentiva as candidaturas, Freitas lembra que a Câmara eleita em 2014 é formada, majoritariamente, por empresários e ruralistas. Juntos, eles são mais de 300 deputados, diz — 59% da Casa.
Não troque o certo Com o desgaste da imagem do PT, a bancada de senadores da sigla optou por um caminho pragmático. Todos, à princípio, construirão bases para candidatura à Câmara. Quem sentir que há clima para a reeleição, muda de rumo e parte para a disputa majoritária.
Frio e calculado Políticos citados na lista de Edson Fachin reclamam do timing adotado pelo Supremo para repassar os dados à imprensa: às vésperas do feriado de Páscoa. Por isso, lamentam, ninguém teve acesso oficial às acusações da Odebrecht. 
Seriado Na tentativa de conhecer a delação, deputados, senadores e ministros passaram os últimos dias prostrados diante de computadores e TVs buscando vídeos que fizessem referência a eles. A maratona foi apelidada de “Netflix da Odebrecht”.
Legado Edson Fachin se mudou para o gabinete do antigo relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki. Há mais espaço e estrutura para os trabalhos, dizem auxiliares.
Grão de areia O monitoramento que o Palácio do Planalto faz nas redes sociais mostrou que, até esta quinta (13), o desgaste do governo e de Michel Temer com a publicação dos relatos da Odebrecht ficou diluído em meio às menções negativas a diversos políticos e partidos.
Cada um por si Fortemente atingidos pela delação da Odebrecht, os três figurões do PSDB, Aécio Neves (MG), Geraldo Alckmin (SP) e José Serra (SP) adotaram estratégias distintas para reagir ao turbilhão de acusações.
Barata voa Aliados de Aécio disseminam vídeos em que delatores negam que o tucano tenha cometido corrupção, por exemplo, para mitigar danos. Serra, por sua vez, dá aos jornais declarações protocolares. Sua defesa concentra arsenal para apresentar diretamente à Justiça.
Em silêncio Alckmin se recolheu. Evento que estava programado há meses para ocorrer na terça (18) e que tinha a participação do governador como principal atração foi desmarcado. A confirmação do cancelamento veio após a explosão das delações.
Edição é tudo A publicação de trechos dos vídeos dos próprios delatores como atestado de idoneidade nas redes sociais também foi a estratégia adotada pelo ministro Bruno Araújo (Cidades).

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