segunda-feira, 19 de junho de 2017

Após TSE, Temer tentará sobreviver até setembro, quando poderá nomear substituto de Janot
Painel - FSP
Era do apocalipse Com a vitória no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o presidente Michel Temer e seus aliados mais próximos se preparam para vencer o que é visto como a última e mais sangrenta batalha do governo: os três meses que restam até a nomeação do procurador-geral da República que substituirá Rodrigo Janot. Mesmo adversários do peemedebista dizem que, se ele conseguir chegar até setembro, quando haverá a troca de guarda na PGR, será praticamente impossível removê-lo no Planalto.
Luta livre O clima é de vale-tudo tanto na PGR como no Planalto. Procuradores dizem que a investida da Lava Jato contra o peemedebista aglutinou toda a categoria em torno de Janot. Ele tem o apoio da carreira para ir para cima do peemedebista com tudo.
Ação e reação Aliados de Temer no Congresso, porém, também estão dispostos a defender o mandato do peemedebista. Dão força à narrativa de que há uma ofensiva para isolar o Judiciário como bússola do país, desidratando o Legislativo e o Executivo.
Munição A decisão do TSE contra a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer deu novo fôlego ao discurso do PT. Integrantes da sigla vão afirmar que a corte confirmou que a ex-presidente não cometeu crimes.
Faz-me rir No Planalto, a petista foi alvo de ironias. Auxiliares de Temer disseram que ela deveria dar “graças a Deus” pelo peemedebista estar na Presidência. Afirmaram que “o PMDB garantiu a elegibilidade a Dilma por quatro votos a três”.
É sério isso? Vice-presidente do PSDB, o ex-governador Alberto Goldman defende que o partido recorra da decisão do TSE de absolver a chapa Dilma-Temer. “Temos a obrigação”, diz.
Fustigar é preciso Goldman afirma que, embora o PSDB seja aliado de Temer, “o presidente perdeu a capacidade de governar”. “Sabemos que vão surgir fatos novos que mostrarão que este governo tem um limite.”
Sala de embarque Tucanos contrários ao desembarque insistiram que o prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin, ambos de São Paulo, marcassem presença na reunião do PSDB, segunda (12). Vistos como opções para o Planalto, teriam mais força para pedir calma de olho em aliança com o PMDB.
A culpada Nos últimos dias, aliados do presidente no Congresso adotaram o discurso de que a conduta da PGR, em relação a Temer está umbilicalmente ligada à reforma da Previdência.
Vai que cola A proposta do governo prevê regras de mais duras para a aposentadoria de juízes e integrantes do Ministério Público.
Vem comigo A ameaça do PSDB de deixar o governo fez o Planalto voltar os olhos aos partidos que, embora tenham espaço no governo, não dão apoio integral ao presidente Michel Temer. Caso, por exemplo, do PSB.
Tô dentro! A direção da sigla rechaça qualquer possibilidade de apoio formal a Temer, mas sabe que muitos integrantes de sua bancada topariam mais espaço.
Bloco na rua A exemplo dos últimos atos em São Paulo e no Rio, Recife será palco para um evento pelas Diretas-Já neste domingo (11). O manifesto contará novamente com forte adesão de artistas.
Gratidão O relator da reforma trabalhista na Câmara, Rogério Marinho (PSDB-RN), recebeu um e-mail de agradecimento do Ministério das Relações Exteriores por ter evitado um questionamento formal da OIT contra o projeto do governo.

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