Fachin acredita ter maioria no Supremo para se manter como relator de delação da JBS
Dia do fico O ministro Edson Fachin está fazendo
contas. Segundo pessoas próximas, acredita que tem, hoje, entre seis e
sete votos a favor de sua manutenção como relator da delação da JBS no
Supremo. Consolidada uma maioria, crê até ser possível obter o apoio de
todo o plenário na sessão desta quarta-feira (21). Sabe, porém, que está
longe de ser uma unanimidade. Prepara-se para receber críticas durante o
julgamento, mas está focado no resultado. Aposta que sairá fortalecido
do episódio.
Hora de falar Esses mesmos aliados dizem que Fachin
não descarta falar, pela primeira vez, durante a sessão que tratará de
pedido para que ele deixe a relatoria do acordo da JBS, sobre encontros
com donos e diretores do grupo antes e depois de sua nomeação para o
STF.
Reforço A JBS apresentou ao STF dois pareceres que
defendem a homologação do acordo por Edson Fachin. Um, de Gustavo
Badaró, prega a competência do ministro para atuar no caso e diz que não
é necessário que a colaboração seja homologada pelo plenário.
Consequências O segundo parecer, assinado por Daniel
Sarmento, sustenta que eventual revisão do acordo firmado pela empresa
seria inconstitucional e traria insegurança jurídica ao país.
A mão que afaga… Visto como um gesto de Rodrigo
Janot ao Congresso em meio à expectativa sobre a iminente denúncia de
Michel Temer ao STF, a oferta de suspensão de processos contra políticos
delatados na Lava Jato por caixa dois despertou críticas.
… e a que apedreja Parlamentares lembraram que, com
isso, ficarão reféns da discricionariedade do procurador-geral. E,
ainda, que políticos que pregaram uma “anistia” ao delito por projeto de
lei foram acusados de tentar obstruir a investigação.
Tome nota As contradições de Joesley Batista e a
afirmação do ex-deputado Eduardo Cunha de que o dono da JBS se reuniu
com Lula para discutir o impeachment de Dilma Rousseff podem ser
incorporadas ao processo que o presidente Michel Temer move contra o
empresário.
Alvo fixo Na avaliação de auxiliares de Temer, os
episódios dão força ao argumento de que Joesley selecionou os
personagens que acusaria em sua delação premiada.
Prioridades O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães,
secretário de Assuntos Estratégicos de Lula, defende que a oposição
trabalhe para retardar a queda de Michel Temer. “Quanto mais cedo” ele
deixar o poder, diz, “pior será para a oposição”.
Prioridades 2 A tese integra análise de Guimarães,
hoje assessor da liderança da minoria no Senado. No texto, ele diz ainda
que “a queda imediata de Temer atende aos interesses das classes
hegemônicas” e que, com o peemedebista fora do governo, as reformas
serão aprovadas.
Camomila O ministro Ronaldo Nogueira (Trabalho)
debate nesta quarta-feira (21) com centrais sindicais medida provisória
que poderá recriar o imposto sindical. A contribuição será extinta pela
reforma trabalhista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário