Planalto mapeia cargos de PSDB e PSD e mira senadores que votaram contra reforma trabalhista
Lei do retorno A demissão de dois apadrinhados do
senador Hélio José (PMDB-DF) foi apenas o primeiro tiro de advertência
lançado pelo governo para sua base, após derrota da reforma trabalhista
em comissão do Senado. Nesta quarta (21), o Planalto começou a mapear
outros cargos ocupados por indicados do peemedebista e também pelo PSDB e
PSD, num aviso de que os votos contrários às novas regras dados por
Eduardo Amorim (PSDB-SE) e Otto Alencar (PSD-BA) também serão
retaliados.
Vai custar caro O governo está disposto a fazer das
represálias à derrota da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos
Sociais um caso exemplar. Avisa que novos cortes podem ser feitos a
depender do comportamento da base na Comissão de Constituição e Justiça e
no plenário.
Toma lá, dá cá Deputados que votaram e fizeram
campanha para aprovar a reforma na Câmara foram ao gabinete do ministro
Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) cobrar “pulso firme” do
Planalto em relação aos traidores do Senado.
Até logo Os ataques de Hélio José (PMDB-DF) ao
governo depois da demissão de seus afilhados irritaram o Planalto. Houve
quem defendesse sua expulsão do PMDB. A direção da sigla não quer,
ainda, entrar nessa discussão.
Vem todo mundo O PMDB monitora o comportamento do
senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Contrário à reforma, ele tem articulado
o que chama de “manifesto suprapartidário dos parlamentes nem-nem”: nem
Michel Temer, nem Lula.
Faroeste caboclo Aliados do presidente Michel Temer
defendem que ele anuncie o substituto de Rodrigo Janot na PGR assim que
receber o resultado da eleição interna, dia 27 de junho. Acham que o
movimento pode desviar as atenções e enfraquecer o atual
procurador-geral.
Vira o jogo Em busca de uma agenda positiva, o
Planalto anuncia nesta quinta (22) o empresário Jorge Gerdau e a
ex-ministra de Indústria Dorothea Werneck como membros do Conselho
Nacional para a Desburocratização — Brasil Eficiente.
Time Eliseu Padilha (Casa Civil) coordena os
trabalhos do conselho. Juliana Nolasco, gerente de relações
governamentais do Google, também estará no colegiado.
Na ponta do lápis A Petrobras levantou o histórico
de sua negociação com a JBS para o fornecimento de gás a uma empresa do
grupo. Joesley Batista disse que pagou a Rodrigo Rocha Loures para que o
Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pressionasse a
estatal.
Bem que se quis No levantamento, a Petrobras diz que
a demanda de Joesley foi rejeitada por estar abaixo de sua política de
preços e que fez um contrato de curto prazo com o grupo do empresário — a
um custo bem maior do que ele havia solicitado.
Estica e puxa Dirigentes de partidos querem ampliar
para R$ 4 bilhões o valor do fundo a ser criado para o financiamento de
campanhas em 2018. O valor discutido hoje é de R$ 3,5 bilhões.
Fatiada A negociação que avança no Congresso prevê,
além da nova fonte de recursos, fim das coligações proporcionais a
partir de 2020 e a aplicação gradual da cláusula de barreira, de 2018 a
2026.
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