Com distanciamento de Maia e ameaça de debandada do PSDB, Temer aposta no centrão
Painel - FSP
Paquera Expoentes da ala do tucanato que trabalha
para desembarcar do governo começaram a fazer gestos a Rodrigo Maia.
Disseram a aliados do democrata que apoiariam o presidente da Câmara
numa eleição indireta, caso Michel Temer caia.
Sem consenso Não há, porém, unidade no PSDB — o que
não é novidade. Parte da cúpula do partido ainda diz que Maia não tem
condições de segurar o rojão que será tocar o Planalto em meio a uma
crise tão aguda.
Pau para toda obra Um dirigente de partido do
centrão deu dois conselhos a Temer: abrir mais espaço para o PMDB no
governo e montar uma base pequena, mas sólida, com “172 deputados para
matar e para morrer”.
Dois lados Um integrante do governo diz que, hoje,
Temer teria mais de 200 votos. É o suficiente para barrar a denúncia,
mas não para dar uma prova inequívoca de força política.
Ao que importa Com os sinais de que o relator da
denúncia na CCJ, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), não vai aliviar para o
governo, aliados do presidente começam a fazer o discurso de que o
resultado que vale é o da votação no plenário da Câmara.
Vai que dá O Planalto promove, porém, forte ação para garantir vitória, ainda que magra, no colegiado.
Ah vá! Zveiter procurou deputados que já se
posicionaram contra Temer para pedir considerações sobre a denúncia.
Nesta quarta (5), admitiu a colegas que pode elaborar um parecer
desfavorável ao Planalto.
Em baixa A base do governo no Congresso calculava,
nesta quarta (5), ter 25 votos na CCJ. Esse grupo espera que o relatório
de Zveiter trate só da admissibilidade, e não do mérito da denúncia.
Venham todos No jantar que fez em sua residência
oficial, nesta terça (4), a pretexto de discutir a reforma política, o
presidente da Câmara recebeu um leque de parlamentares que ia do PCdoB
ao PMDB. Nas rodas de conversa, o assunto era o dia seguinte ao eventual
fim do governo peemedebista.
Mapa da guerra Antes do banquete, Maia fez uma
reunião só com integrantes de seu partido, o DEM. Foi aconselhado a agir
como um “magistrado”. Não agirá nem como advogado nem como algoz de
Temer.
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