quinta-feira, 6 de julho de 2017

Com distanciamento de Maia e ameaça de debandada do PSDB, Temer aposta no centrão
Painel - FSP 
Por um fio Com o distanciamento do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os sinais cada vez mais fortes de que a maioria do PSDB quer deixar o governo, Michel Temer aposta todas as fichas de sua sobrevivência na aliança com partidos do centrão. As mensagens mais fortes de apoio vieram de siglas como o PTB, o PP e o Solidariedade. No PR, Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão, firmou compromisso de, se necessário, fechar questão no partido contra a aceitação da denúncia.
Paquera Expoentes da ala do tucanato que trabalha para desembarcar do governo começaram a fazer gestos a Rodrigo Maia. Disseram a aliados do democrata que apoiariam o presidente da Câmara numa eleição indireta, caso Michel Temer caia.
Sem consenso Não há, porém, unidade no PSDB — o que não é novidade. Parte da cúpula do partido ainda diz que Maia não tem condições de segurar o rojão que será tocar o Planalto em meio a uma crise tão aguda.
Pau para toda obra Um dirigente de partido do centrão deu dois conselhos a Temer: abrir mais espaço para o PMDB no governo e montar uma base pequena, mas sólida, com “172 deputados para matar e para morrer”.
Dois lados Um integrante do governo diz que, hoje, Temer teria mais de 200 votos. É o suficiente para barrar a denúncia, mas não para dar uma prova inequívoca de força política.
Ao que importa Com os sinais de que o relator da denúncia na CCJ, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), não vai aliviar para o governo, aliados do presidente começam a fazer o discurso de que o resultado que vale é o da votação no plenário da Câmara.
Vai que dá O Planalto promove, porém, forte ação para garantir vitória, ainda que magra, no colegiado.
Ah vá! Zveiter procurou deputados que já se posicionaram contra Temer para pedir considerações sobre a denúncia. Nesta quarta (5), admitiu a colegas que pode elaborar um parecer desfavorável ao Planalto.
Em baixa A base do governo no Congresso calculava, nesta quarta (5), ter 25 votos na CCJ. Esse grupo espera que o relatório de Zveiter trate só da admissibilidade, e não do mérito da denúncia.
Venham todos No jantar que fez em sua residência oficial, nesta terça (4), a pretexto de discutir a reforma política, o presidente da Câmara recebeu um leque de parlamentares que ia do PCdoB ao PMDB. Nas rodas de conversa, o assunto era o dia seguinte ao eventual fim do governo peemedebista.
Mapa da guerra Antes do banquete, Maia fez uma reunião só com integrantes de seu partido, o DEM. Foi aconselhado a agir como um “magistrado”. Não agirá nem como advogado nem como algoz de Temer.

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