quinta-feira, 6 de julho de 2017

Ministro defende decisão de manter bebê com doença terminal em Londres

Family of Charlie Gard/Associated Press
This is an undated hand out photo of Charlie Gard provided by his family, at Great Ormond Street Hospital, in London. The parents of a terminally-ill baby boy lost the final stage of their legal battle on Tuesday, June27, 2017 to take him out of a British hospital to receive treatment in the U.S., after a European court agreed with previous rulings that the baby should be taken off life support. (Family of Charlie Gard via AP) ORG XMIT: LON821
O bebê Charlie Gard, que possui uma doença terminal, no Hospital Infantil Ormond Street, em Londres
A declaração de Johnson foi dada nesta quarta-feira (5) ao ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, que reforçou pedido do Hospital Menino Jesus, do Vaticano, para ajudar o bebê.
"O ministro das Relações Exteriores [Boris Johnson] disse que o caso é trágico e complexo e que o certo é que as decisões continuem sendo guiadas pela opinião médica especializada, com o apoio dos tribunais e em acordo com os melhores interesses para Charlie", disse um porta-voz de Johnson.
Charlie, que sofre de um raro distúrbio genético, deve ter os equipamentos que o mantêm vivo desligados, apesar da oposição dos seus pais.
Mais cedo, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse que entende os esforços dos pais de Gard, mas que em casos como este os médicos são forçados a tomarem decisões que "partem o coração".
Além do Vaticano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também declarou apoio a Gard e disse que o país ficará "muito feliz" em ajudar o bebê.
O CASO
O menino Chalie Gard, que nasceu no dia 4 de agosto de 2016, sofre de distúrbio que o impossibilita de mexer os braços, as pernas ou de respirar sem auxílio de aparelhos.
O caso suscitou comoção no mundo inteiro após os pais do menino, Chris Gard e Connie Yates, perderam sucessivas batalhas judiciais ao tentar levá-lo para um tratamento experimental nos EUA.
Chris e Connie chegaram a lançar uma campanha de arrecadação de fundos para ajudar a pagar pelos médicos nos Estados Unidos. Eles arrecadaram £1,3 milhão (R$ 5,55 milhões) por meio de mais de 83 mil doações.
A Suprema Corte britânica decidiu, porém, que ir aos EUA para o tratamento prolongaria o sofrimento do bebê sem nenhuma perspectiva realista de ajudá-lo. A corte não permitiu que o médico americano encontrado pelo casal fosse identificado nem que detalhes sobre o tratamento fossem disponibilizados.

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