Joaquim Barbosa precisa decidir se sua saúde não o convida à aposentadoria
Reinaldo Azevedo
Sei que o assunto é delicado, mas não dá para fugir dele. Joaquim Barbosa, ministro do Supremo, precisa considerar a hipótese de se aposentar por problemas de saúde. Eu lamento, sinceramente, as dificuldades que ele enfrenta, mas o Brasil não pode e não deve sofrer junto com ele. As licenças de Barbosa significam sobretrabalho para os demais ministros. Essa minha avaliação nada tem a ver com a qualidade de seus votos, se concordo com eles ou não. Também não obedece a nenhum outro recorte que não o da pura e simples eficiência do tribunal. Barbosa foi indicado por Lula, do PT. Seu eventual substituto seria indicado por Dilma, também do PT, e ela poderia seguir o critério que bem entendesse — até o do notório saber jurídico.
Barbosa pode ter todos os méritos do mundo para ser um dos 11 brasileiros que têm a prerrogativa de dar a interpretação última de questões constitucionais. Mas me parece que começa a ficar evidente que a sobrecarga de trabalho que o cargo enseja é incompatível com suas condições de saúde.
Espero que a sua mais recente licença e o tratamento ou diagnóstico nos EUA colaborem para que tome a melhor decisão para o Brasil, já que a legislação o protege em caso de impedimento por problemas de saúde.
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