terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Este texto foi inspirado na composição de Stravinsky chamada A Sagração da Primavera.
O vento longínquo
trouxe-me da sempre misteriosa Núbia,
uma princesa, esculpida no mais puro ébano.
Longilínea,
sorri-me com os seus dentes de marfim,
brancos a não mais poder.
E foi sorrindo que,
num rápido gesto de suas mãos de felina pantera,
que suas vestes foram ao chão.
Seus seios negros de mamilos escuros
cumpriu a função de seduzir-me,
suas coxas entrelaçaram as minhas
e nos fizemos uma só criatura.
Seus olhos negros, incisivos me capturaram.
Abandonei a minhsa sanidade e
resolvi amá-la com a intensidade de um lobo da estepe.
Ela levantou-se apontou o oriente,
sorriu e foi novamente levada pelo vento.
Sei que na Núbia serei um príncipe,mas,
espero que desse encontro,
resulte uma menina, tão bela quanto a mãe.
E cujo nome tu bens sabes qual é.
Paulo Mello
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