domingo, 18 de janeiro de 2009
BRUNO TOLENTINO
O amor maldito é a interrupção do perecível,
puros parênteses no curso natural,
seara fora dos limites do real,
tudo segundo o interminável, o impossível.
Se o amor é o eco no mistério do invisível,
o amor sem fruto, o amor de estátua, é musical
como o acorde perdido nas folhagens de um mal:
o mal de amor no bosque branco indefinível...
Os teus dois colibris de nácar, esculpidos
como a dor faz a pérola, no fundo de um abismo,
caíram presos pela luz entre os sentidos,
e em tuas teias musicais de ilusionismo
foram ficando assim, Alexandria, unidos
como as estátuas ao seu belo imobilismo.
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