quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
AVALON
TU RETIRASTE O MEU CORPO,
JÁ VELHO E SECO, DO MEU DESCANSO.
APÓS MUITO ESFORÇO, ABANDONEI AVALON E,
AGORA, TU PEQUENA DEUSA NÓRDICA,
DE CABELOS COMPRIDOS E LOUROS COMO OS MAIS BELOS TRIGAIS, NUNCA VISTOS;
DE OLHOS TÃO AZUIS COMO PEQUENAS JÓIAS,
ENCAIXADAS NA MAIS BELA FACE FEMININA,
DE CORPO DELICADO, DE
SEIOS RÓSEOS E MIMOSOS
IRMÃOS GÊMEOS DA PAIXÃO,
QUE SEMPRE SE OFERECIAM OFEGANTES
POR UM CARINHO,
NUM CORPO DE BONECA,
DANÇOU SEU ÚLTIMO NÚMERO
(CLAIR DE LUNE)
SE FOI....
E EU CONTINUEI
SÓ COM O TEU SUAVE PERFUME
QUE TRESCALA
AS DIÁFANAS IMAGENS
QUE HOJE TENHO DE TI.
ÀS VEZES TENHO A IMPRESSÃO DE QUE
TUDO NÃO PASSOU DE UM SONHO BOM
E QUE AGORA ACORDEI PARA A DURA REALIDADE
DOS HOMENS PEQUENOS.
Paulo Mello
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Um comentário:
Dentro da minha grande ignorância nestes temas tão vastos, a verdade é que se este poema (se assim o posso chamar, visto que exista quem lhes chame outras coisas e ficam ofendidos com esta designação) foi escrito pelo autor do Blog, então este tem tanta qualidade, talento e talvez a abrangência de muitos sentimentos (e a capacidade de os exprimir) como alguns dos autores que divulga e compartilha nos seus posts mais corrents.
Bem haja pela partilha, não só dos poetas (e não só) mais (ou menos) conhecidos mas pela abertura de mente ao partilhar obras próprias.
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