Como a poesia é sábia! Gosto muito dela. Lamento o sumiço momentâneo dos textos de política e de filosofia, como hoje me foi raclamado. Mas, como posso dizer sobre isso, se meu coração grita, galopa, palpita, pula, sacode e canta apenas o nome dela!
Holderlin, poeta germânico (1770/1843), escreveu o belo poema abaixo, que eu, no entusiasmo da minha "Vita Nuova", deixo-lhe com um sorriso!
"Ainda em mim retorna a doce primavera,
Ainda o alegre coração não envelhece,
Ainda ao olho meu do amor o orvalho vela,
Ainda a espera de prazer e dor me aquece.
Ainda em mim confia com mais doce agrado
O firmamento azul e o verde da planura,
E me oferece a taça da alegria a diva,
A sempre amiga e jovilíssima Natura.
Confia, que esta vida vale as próprias penas,
O tanto quanto Deus nos ilumine pobres,
E pairem n'alma imagem de melhores cenas,
E assim, com nosso olhar o olhar do amigo, ah, chore."
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