quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
HESÍODO, OS TRABALHOS E OS DIAS & O CARNAVAL NO BRASIL
Hesíodo foi um poeta da Grécia antiga que viveu entre o final do século VIII e início do século VII a. C.. Da sua obra "Os trabalhos e os Dias" temos passagens famosas, mas uma eu queria fixar em especial: o mito das raças. Ele escreveu sobre cinco raças de homens - a de ouro, a de prata, a de bronze, a dos heróis e a de ferro.
Já no século IV a. C., Platão, importante filósofo do Ocidente, ex-aluno de Sócrates, transformou as cinco raças em apenas três.
Aquela que se assemelha a um animal multiforme, que reage apenas a dois estímulos o prazer e a dor. Para essa raça prazer se confunde com sexo, comida e bebida, enquanto que a dor é por ele diagnosticada como o fim de tudo isso (a morte). Essa raça seria a raça de ferro: os trabalhadores que não têm capacidade de fazer mais nada a não ser obedecer e trabalhar, não conseguem pensar um futuro melhor para si e para os outros. O princípio vital dessa raça localiza-se entre o estômago e os órgãos genitais - o baixo ventre.
A outra raça seria a raça de bronze, que deteria o poder (termo moralmente neutro) para fazer o bem e proteger a si e aos outros dos perigos constantes no cotidiano. Delegamos esse poder a outros para que possamos contruir um futuro. Gravita também entre dois pólos, o da angústia (perder o que temos) e esperança (satisfazer os nossos desejos). Se somos atendidos desenvolvemos o sentimento de confiança, caso não ocorra isso, desenvolvemos o sentimento de medo. O princípio vital da raça de bronze se localiza no tórax.
Por fim, a última raça seria a raça de ouro, responsável pelo desejo de eternidade e plenitude.
O desejo de felicidade plena, absoluta e ilimitada. De todos os cidadãos. Hoje, de todos nós.
O princípio vital dessa raça se localiza na cabeça. O que distingue o HOMEM dos outros animais.
Se Platão tomou empretado à mitologia as cinco raças, ele se propõe a falar da alma, analisando o mito sob o olhar da sua filosofia.
Trabalhadores, guerreiros e governantes têm cada qual o seu papel dentro da sociedade.
Ainda bem que o filósofo não conheceu o Brasil.
As coisas aqui andam tão bagunçadas...
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