Durante mais de duas décadas lecionei. Para adolescentes e para adultos. O adulto não lê, porque o adolescente não leu e fica a maior parte da sua adolescência frente à tela de um computador e a criança só vê televisão. Ler ou não ler é uma questão pessoal e não uma obrigação.
Sir Francis Bacon deu o seguinte conselho: "Não leia com o intuito de contradizer ou refutar, nem para acreditar ou concordar, tampouco para ter o que conversar, mas para refletir e avaliar".
Emerson afirmou: "Os melhores livros levam-nos à convicção de que a natureza que escreveu é a mesma que lê".
Lemos para crescer interiormente e isso nos proporciona prazer. Esse prazer é nosso, pessoal, não coletivo, social. Se o indivíduo não gosta de ler, é um homem-massa, o problema é dele.
Por isso, muitos entram e saem da universidade como vieram: nús. Sem saber nada, abanando no ar como o cachorro abana o próprio rabo, um reles pedaço de papel dizendo que está formado em alguma coisa. Pobre diabo, que nem sabe se expressar e muito menos escrever.
Samuel Johnson adverte: "Livra a tua mente da presunção".
Para aqueles que leêm, ou outro recado "Não tente melhorar o caráter do vizinho, nem da vizinhança, através do que lemos ou de como o fazemos". "O auto-aperfeiçoamento é projeto suficientemente grandioso para ocupar a mente e o espírito: não eiste a ética da leitura. A mente deve guardar certa cautela, até ser expurgada da ignorância original", explica H. Bloom.
Nenhum comentário:
Postar um comentário