O caderno especial encartado na FSP deste domingo, 21/02/2010, esclarece um ponto primordial: a liberalização dos costumes ocorrida da década de 1960 até os dias de hoje, não acabou com as angústias que assolam homens e mulheres.
O caderno conclui entre outras coisas que:
- os entrevistados falam mais de sexo, mas são obcecados com a própria performance no ato.
- há um abismo entre o que eles falam e o que eles de fato conseguem fazer.
- existe ainda um preconceito quando o assunto é a masturbação (o tema que deveria ser o mais natural nestes tempos assombrados pelo fantasma da AIDS).
- uma pesquisa sobre como o brasileiro transa: papai-e-mamãe; sexo oral, sexo anal. Se for só isso o brasileiro é um idiota e sua relação é uma merda.
- eles também fingem ter orgasmos: aquela melequinha que sai no final é o que sobrou da massa encefálica de quem escreveu tal artigo.
- homossexualismo: ao meu ver faz parte daquilo que nós consideramos livre arbítrio. A promiscuidade é um estereótipo criado por alguém que não tinha o que dar.
- os brasileiros estão fazendo sexo mais cedo: aí um tema que exigiria um caderno especial. Sexo não é brincadeira. Quando resulta em gravidez se torna um problema de consciência muito grande. Criar uma nova vida ou abortar. Mas parece que o assunto é monopólio das novelas da Globo, então não se fala mais nisso.
O problema é que a juventude carece de valores morais. Ela ainda vive da transgressão, como bem disse o saudoso Paulo Francis: "Os jovens querem ver alguém de violão, de pé em cima da cadeira, cantando fraternidades pueris, ou, sob baterias ensurdecedoras, berrar obscenidades que não são obscenidades, uma vez que há uma moral aceita pela comunidade para contestar. O que há é o vácuo espiritual e o excesso que procura preenchê-lo."
- Essa juventude é tão avançada que ainda tem dúvidas acerca da relação prazer/tamanho do pênis. Todos se dizem satifeitos (quase todos) mas ninguém negaria que seria melhor se tivessem um "companheiro" maior. Eu creio que a maior parte iria desmaiar quando ocorresse a ereção: faltaria sangue no cérebro.
- O caderno termina com a tradicional pergunta sobre a fantasia sexual dos entrevistados.
Deus do céu, que horror! Percebe-se que para fantasia o brasileiro se dá bem no carnaval.
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