A desfaçatez de Feira e Xepa
O Antagonista
Embora diga que não é o momento de avaliar as responsabilidades
individuais de João Santana e Mônica Moura e as consequências criminais
de suas condutas, Sérgio Moro censurou a "naturalidade e a desfaçatez"
com que ambos "receberam recursos não contabilizados, o caixa dois".
Diz Moro:
"O
álibi 'todos assim fazem' não é provavelmente verdadeiro e ainda que o
fosse não elimina a responsabilidade individual. Se um ladrão de bancos
afirma ao juiz como álibi que outros também roubam bancos, isso não faz
qualquer diferença em relação a sua culpa.
O mesmo raciocínio é
válido para corruptores, corruptos, lavadores de dinheiro e fraudadores
de campanhas eleitorais. Rigorosamente, qualquer constatação de que a
prática criminosa tornou-se a 'regra do jogo', apenas justifica medidas
judiciais mais severas para a sua interrupção.
Ainda mais quando
recursos não contabilizados e no caso, em cognição sumária, de origem
criminosa, contaminam campanhas eleitorais, comprometendo a qualidade e a
integridade da democracia. Isso é trapaça e a gravidade disso, por
afetar o processo político democrático, não deve ser subestimada".
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