FSP
Ainda que suas consequências jurídicas venham a desdobrar-se por mais tempo, as últimas iniciativas do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, possuem devastador impacto político.
É como se o laborioso e complexo edifício de desvios e irregularidades
construído pelo PT desde os tempos do mensalão fosse enfim atingido em
sua principal estrutura de sustentação.
Preservado dos inquéritos que levaram à condenação de seu maior parceiro, José Dirceu, o ex-presidente Lula (PT) vê fechar-se em torno de si o círculo das suspeitas que, embora há tempos se generalizassem na opinião pública, ainda não conheciam formalização jurídica em sua integridade.
Diga-se, de todo modo, que a manifestação de Janot não se reveste, por si mesma, de poder condenatório. O procurador-geral expressou a suspeita, ainda genérica, de que seria impossível ao líder petista não ter participado do esquema de pilhagem na Petrobras.
O acerto na estatal de fato pressupõe uma coordenação que dificilmente outra figura poderia efetuar. Cabe, entretanto, obter provas concretas de sua atuação.
Mais específica é a denúncia, também apresentada por Janot, quanto à participação de Lula em caso correlato. Trata-se da suposta tentativa de comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras já comprometido a fazer revelações sobre o escândalo, em acordo de delação premiada.
Acrescenta-se à movimentação do procurador-geral um terceiro foco de possíveis incriminações, atribuindo à presidente Dilma Rousseff (PT) a intenção de proteger Lula dos rigores da primeira instância, nomeando-o para a Casa Civil.
Fundamentados em gravações e depoimentos como a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), os pedidos de Janot podem ou não ser aceitos no âmbito do Supremo Tribunal Federal. Faltam ainda evidências capazes de tornar indubitáveis as suspeitas apresentadas.
Dissipa-se, de todo modo, a impressão de que a Operação Lava Jato perdia fôlego.
Há muito a investigar, sem dúvida, também no campo da oposição: de Aécio Neves (PSDB-MG) a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são muitas as figuras estranhas ao petismo que se encontram igualmente sob a mira de Janot.
Um desfecho rápido para tantos escândalos se torna improvável, justamente pela quantidade de figuras envolvidas. É o começo de um longo processo judicial.
Do ponto de vista da opinião pública, todavia, pode-se dizer que não só o esquema petista, mas todo um modelo multipartidário de corrupção e financiamento político já está exposto, desmoralizado e agonizante, à luz do dia.
Preservado dos inquéritos que levaram à condenação de seu maior parceiro, José Dirceu, o ex-presidente Lula (PT) vê fechar-se em torno de si o círculo das suspeitas que, embora há tempos se generalizassem na opinião pública, ainda não conheciam formalização jurídica em sua integridade.
Diga-se, de todo modo, que a manifestação de Janot não se reveste, por si mesma, de poder condenatório. O procurador-geral expressou a suspeita, ainda genérica, de que seria impossível ao líder petista não ter participado do esquema de pilhagem na Petrobras.
O acerto na estatal de fato pressupõe uma coordenação que dificilmente outra figura poderia efetuar. Cabe, entretanto, obter provas concretas de sua atuação.
Mais específica é a denúncia, também apresentada por Janot, quanto à participação de Lula em caso correlato. Trata-se da suposta tentativa de comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras já comprometido a fazer revelações sobre o escândalo, em acordo de delação premiada.
Acrescenta-se à movimentação do procurador-geral um terceiro foco de possíveis incriminações, atribuindo à presidente Dilma Rousseff (PT) a intenção de proteger Lula dos rigores da primeira instância, nomeando-o para a Casa Civil.
Fundamentados em gravações e depoimentos como a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), os pedidos de Janot podem ou não ser aceitos no âmbito do Supremo Tribunal Federal. Faltam ainda evidências capazes de tornar indubitáveis as suspeitas apresentadas.
Dissipa-se, de todo modo, a impressão de que a Operação Lava Jato perdia fôlego.
Há muito a investigar, sem dúvida, também no campo da oposição: de Aécio Neves (PSDB-MG) a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são muitas as figuras estranhas ao petismo que se encontram igualmente sob a mira de Janot.
Um desfecho rápido para tantos escândalos se torna improvável, justamente pela quantidade de figuras envolvidas. É o começo de um longo processo judicial.
Do ponto de vista da opinião pública, todavia, pode-se dizer que não só o esquema petista, mas todo um modelo multipartidário de corrupção e financiamento político já está exposto, desmoralizado e agonizante, à luz do dia.
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