'Admitir-se a possibilidade de controle judicial do mérito da deliberação do Legislativo significaria transformar em letra morta o art. 86 da Constituição', afirmou o ministro ao negar recurso da AGU
Laryssa Borges - VEJA
Ao negar nesta quarta-feira recurso da Advocacia-Geral da União para
anular o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o
ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, deixou claro que a
tentativa do governo federal de judicializar a questão deve seguir
infrutífera. "Não há base constitucional para qualquer intervenção do
Poder Judiciário que, direta ou indiretamente, importe juízo de mérito
sobre a ocorrência ou não dos fatos ou sobre a procedência ou não da
acusação. O juiz constitucional dessa matéria é o Senado Federal, que,
previamente autorizado pela Câmara dos Deputados, assume o papel de
tribunal de instância definitiva, cuja decisão de mérito é insuscetível
de reexame, mesmo pelo Supremo Tribunal Federal. Admitir-se a
possibilidade de controle judicial do mérito da deliberação do
Legislativo pelo Poder Judiciário significaria transformar em letra
morta o art. 86 da Constituição Federal", escreveu o magistrado.
A despeito da derrota imposta com a decisão do ministro Teori Zavascki de rejeitar o pedido de anulação do processo de impeachment, o líder do governo no Senado Humberto Costa (PT-PE) disse hoje que "não há sustentação jurídica para crime" e, portanto, essa nova investida judicial poderia surtir efeito. "Vamos seguir com a luta em todas as frentes: parlamentar, política e social e no Judiciário", afirmou.
A despeito da derrota imposta com a decisão do ministro Teori Zavascki de rejeitar o pedido de anulação do processo de impeachment, o líder do governo no Senado Humberto Costa (PT-PE) disse hoje que "não há sustentação jurídica para crime" e, portanto, essa nova investida judicial poderia surtir efeito. "Vamos seguir com a luta em todas as frentes: parlamentar, política e social e no Judiciário", afirmou.
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