FSP
Economistas do setor privado revisam projeções de crescimento para o ano
que vem. Em vez de estagnação, os primeiros laivos de otimismo indicam
expansão de pouco mais de 1%, embora a mediana das estimativas
recolhidas semanalmente pelo Banco Central esteja ainda em 0,4%.
Os números, a rigor, não importam tanto. Prognósticos para daqui a um ano costumam ser imprecisos mesmo em circunstâncias normais; são ainda mais precários na ausência de verdadeira política econômica e na incerteza quanto aos planos do Executivo.
De todo modo, é impossível negar uma discreta renovação da esperança —decerto estimulada pela iminente mudança de governo—, e a melhora de ânimos tende a ser fator importante no início de um longo caminho de recuperação.
Longo e penoso: a economia brasileira terá encolhido cerca de 8% de 2014 até o final deste ano.
É crucial, assim, que o futuro governo não dissipe esse capital tão volátil: confiança, crédito.
O anúncio informal do possível ministério de Michel Temer (PMDB), porém, suscita dúvidas não só a respeito da habilitação técnica de setores da nova administração mas também, e sobretudo, acerca de sua estabilidade política e, por que não, judicial. Há implicados em escândalos; partidos associados têm mau histórico ético e administrativo.
O governo Temer precisará dar explicações imediatas sobre seu plano de reformas. Terá de demonstrar capacidade de logo reerguer as instituições responsáveis por políticas públicas essenciais. Daí virão as primeiras medidas com vistas a atenuar a recessão e, assim, confirmar e reforçar a modesta melhora de ânimos.
Há muito a fazer na área de concessões de infraestrutura e de privatizações; em relação à Petrobras e ao setor elétrico; no campo do entulho burocrático que emperra investimentos e no da simplificação tributária, para citar poucos casos.
São algumas tarefas essenciais que apenas pessoal tecnicamente qualificado e com autonomia operacional pode levar a bom termo, mas a barganha política dificulta a formação de equipes adequadas.
A degradação do governo de Dilma Rousseff é exemplo presente do resultado do loteamento irrestrito —que se deu, aliás, entre muitos dos partidos que ora integram a coalizão de Michel Temer. Não se pode dizer que esse seja um alerta: as ruínas estão evidentes.
Os números, a rigor, não importam tanto. Prognósticos para daqui a um ano costumam ser imprecisos mesmo em circunstâncias normais; são ainda mais precários na ausência de verdadeira política econômica e na incerteza quanto aos planos do Executivo.
De todo modo, é impossível negar uma discreta renovação da esperança —decerto estimulada pela iminente mudança de governo—, e a melhora de ânimos tende a ser fator importante no início de um longo caminho de recuperação.
Longo e penoso: a economia brasileira terá encolhido cerca de 8% de 2014 até o final deste ano.
É crucial, assim, que o futuro governo não dissipe esse capital tão volátil: confiança, crédito.
O anúncio informal do possível ministério de Michel Temer (PMDB), porém, suscita dúvidas não só a respeito da habilitação técnica de setores da nova administração mas também, e sobretudo, acerca de sua estabilidade política e, por que não, judicial. Há implicados em escândalos; partidos associados têm mau histórico ético e administrativo.
O governo Temer precisará dar explicações imediatas sobre seu plano de reformas. Terá de demonstrar capacidade de logo reerguer as instituições responsáveis por políticas públicas essenciais. Daí virão as primeiras medidas com vistas a atenuar a recessão e, assim, confirmar e reforçar a modesta melhora de ânimos.
Há muito a fazer na área de concessões de infraestrutura e de privatizações; em relação à Petrobras e ao setor elétrico; no campo do entulho burocrático que emperra investimentos e no da simplificação tributária, para citar poucos casos.
São algumas tarefas essenciais que apenas pessoal tecnicamente qualificado e com autonomia operacional pode levar a bom termo, mas a barganha política dificulta a formação de equipes adequadas.
A degradação do governo de Dilma Rousseff é exemplo presente do resultado do loteamento irrestrito —que se deu, aliás, entre muitos dos partidos que ora integram a coalizão de Michel Temer. Não se pode dizer que esse seja um alerta: as ruínas estão evidentes.
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