sexta-feira, 22 de abril de 2016

Temer quer anunciar redução de ministérios assim que impeachment for aceito pelo Senado
Painel - FSP
Quebra-cabeça Michel Temer quer anunciar uma redução no número de ministérios assim que a abertura do impeachment for aprovada no Senado. A ideia é sinalizar para fora que está empenhado em reduzir gastos do governo. O entorno do vice, embora apoie a medida, revela preocupação. Acha que o corte, somado à ideia de nomear um time de figurões em sua cota pessoal, pode criar entraves para abrigar indicações dos partidos aliados, o que dificultaria a construção de uma base sólida na Câmara.
Regra do jogo“Terão de se contentar com menos”, resume um articulador de Temer sobre a participação dos aliados no provável governo peemedebista.
Enxugando gelo Embora a redução ministerial ocupe o primeiro lugar na lista de medidas, Temer só conseguirá cortar seis ou sete pastas, e muitas delas manterão as atuais estruturas, sendo apenas fundidas com outras.
União nacional Transportes, Portos e Aeroportos se tornariam o Ministério da Infraestrutura. Agricultura com Desenvolvimento Agrário e Cultura com Educação são algumas das opções de fusões postas à mesa.
Triplo carpado Auxiliares de Temer dizem que o seu provável governo deve ter como prioridade o trio: enxugamento do Estado, transparência e ações realistas.
Entre nós Na busca de ter a transparência como uma das marcas de sua gestão, Temer está bebendo no modelo da Controladoria-Geral da Prefeitura de São Paulo, criada pelo petista Fernando Haddad, em 2012.
Vitrine Avalia que a medida é necessária para se contrapor aos escândalos recentes e vender para a iniciativa privada um ambiente propício aos negócios.
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Homem gol? De um aliado de longa data de Temer sobre a pressão que sofrerá nos 30 primeiros dias de seu governo: “Se assumir, precisará ter velocidade suficiente para bater o escanteio e estar na área para cabecear pro gol”.
Script Ganha força entre auxiliares de Dilma Rousseff a ideia de que a presidente faça um “discurso protocolar” na ONU, nesta sexta (22), e depois convoque uma coletiva de imprensa em Nova York para reforçar a tese de que está sendo vítima de um golpe.
On the road Integrantes do MBL embarcaram para os Estados Unidos. Planejam uma manifestação em frente à sede da ONU. “Vamos mostrar que o impeachment não é golpe”, diz Kim Kataguiri, um dos líderes do movimento.
Traduzindo Quem conhece a cabeça de Renan Calheiros explica sua decisão de só comandar a sessão de admissibilidade do impeachment: “Como Ricardo Lewandowski não domina o regimento do Senado, vai acabar atrasando a tramitação”.
Consequência “Fora que ninguém vai ter coragem de gritar com o presidente do STF”, conclui a importante autoridade de Brasília.

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