quarta-feira, 11 de maio de 2016

Aconselhada por Lula, Dilma desiste de descer rampa do Planalto
Evaristo Sá/AFP 17.mar.2016
Former Brazilian president Luiz Inacio Lula da Silva hugs Brazilian president Dilma Rousseff after he swore as chief of staff in Brasilia on March 17, 2016. Rousseff appointed Lula da Silva as her chief of staff hoping that his political prowess can save her administration. The president is battling an impeachment attempt, a deep recession, and the fallout of an explosive corruption scandal at state oil giant Petrobras. AFP PHOTO/EVARISTO SA EVARISTO SA / AFP ORG XMIT: ESA226
Lula abraça Dilma na cerimônia em que assumiria como ministro-chefe da Casa Civil
Dilma foi aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a não dar um caráter de "fim de governo" para o dia em que deixará o gabinete presidencial, e sair do Palácio do Planalto pela entrada principal, no térreo.
A ideia inicial da presidente, como revelou a Folha, era descer a rampa acompanhada de ministros e auxiliares. O próprio Lula havia sido sondado por ministros para participar da espécie de cerimônia simbólica da quinta-feira (12), mas deu indícios de que não gostaria de aparecer dessa forma.
Após sair pela porta da frente do Planalto, Dilma deve cumprimentar a claque de militantes do PT e de movimentos sociais que estará em frente ao prédio, entrar no seu carro de uso diário, e sair em comboio em direção ao Palácio da Alvorada.
Entre os petistas, há ainda quem defenda que Dilma participe da caminhada que os militantes farão do Planalto até o Alvorada, mas a presidente sinalizou a aliados que prefere não acompanhar a marcha.
Dilma chegou a combinar com João Pedro Stédile, líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que faria o percurso de quase 5 km caminhando, mas ficou reticente devido ao número de pessoas esperadas para o ato.
Os movimentos sociais e a cúpula do PT esperam reunir cerca de 10 mil pessoas em frente ao Planalto no dia em que Dilma vai deixar o prédio.
Está marcada para esta quarta-feira (11) a votação do impeachment no plenário do Senado. Caso seja aprovado, Dilma será afastada do cargo por até 180 dias e começará então o julgamento da presidente que resultará em seu impedimento ou não de continuar no comando do Planalto.
DIA DO LULA
O ex-presidente chegou a Brasília nesta terça-feira (10) para acompanhar o dia da votação. Recebeu no hotel em que se hospeda na capital o ministro Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da Presidência) e senadores petistas, como Humberto Costa (PE), Paulo Rocha (PA) e Lindbergh Farias (RJ). 

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