O petismo não se faz só de tolos bem-intencionados. A Lava-Jato evidencia de forma cabal que mesmo a ideologia, nesses mais de 13 anos, serviu de cortina de fumaça para o maior assalto aos cofres públicos de que se tem notícia, atenção, no mundo! Estamos falando de ladrões!
Um
ano e dois meses depois da primeira grande manifestação em favor do
impeachment, ocorrida em 15 de março de 2015, este 11 de maio de 2016
entrará para a história. É o dia em que vamos nos livrar deles. Por pelo
menos dois anos e meio. Quem sabe para sempre se as forças que prezam a
democracia e o Estado de Direito fizeram a coisa certa e souberem atuar
para, segundo as regras, eliminar o mal, literalmente, pela raiz.
Nesta
quarta, o Senado vota, por maioria simples — metade mais um dos
presentes, desde que garantido quórum de metade mais um dos 81 senadores
—, a admissibilidade do processo de impeachment. Dez entre dez
políticos e analistas, inclusive os identificados com o governo, dão
como certa a admissão, o que obrigará Dilma a se afastar.
A partir
de então, o Senado terá 180 dias para julgá-la. Ela passa a ser
presidente afastada, e Michel Temer, o vice, passa à condição de
presidente interino. Consumada a condenação, por um mínimo de 54 votos,
Temer se torna o presidente do Brasil, sem adjetivos de precarização.
Dilma está
caindo porque cometeu crime de responsabilidade: no caso, atentou
contra a Lei Fiscal — transgressão devidamente prevista no Inciso VI do
Artigo 86 da Constituição, com penalidade prevista na Lei 1.079. Aí está
a base jurídica.
Mas o
impeachment é também e principalmente um processo político, e a
presidente que se vai só chegou a tal destino porque perdeu as condições
objetivas de governar o país. Curiosamente, as eleições de 2014, que
lhe deram o passaporte para a segunda jornada, também lhe arrancaram o
mandato. Como Dilma contou inverdades brutais sobre a realidade
econômica do país, aplicou o maior estelionato eleitoral da história. E o
povo foi às ruas.
Mas foi
também tangido pela crise econômica e pela desordem moral que tomou
conta do Planalto. A Operação Lava Jato trouxe à luz as entranhas de um
modelo de gestão que caracteriza não um governo, mas, no dizer da
Procuradoria Geral da República, uma inequívoca organização criminosa.
Aonde que quer o PT tenha levado seus métodos, o que se tem é a
civilização da propina.
E não
pensem que, revelados os descalabros, tenhamos visto um partido
contrito, arrependido, vexado… Nada disso! Quanto mais a realidade
desmoralizava o discurso do petistas, mais se assanhavam a sua
arrogância, a exposição de seu suposto exclusivismo moral, a exibição de
suas inexistentes virtudes.
Confrontado
com todas as evidências dos malfeitos, não vimos, em nenhum momento,
nem mesmo um partido arrependido. Ao contrário: o PT inventou a tese
ridícula do golpe e decidiu responder à montanha de provas com violência
retórica, desqualificação dos adversários e ataques à própria
Lava-Jato.
Mal pela raiz
Falo, no começo deste texto, em cortar o mal pela raiz. Que mal? O PT porque PT? Ora, ainda que o partido se chamasse rosa, cheiraria a estrume se as mesmas fossem as suas práticas.
Falo, no começo deste texto, em cortar o mal pela raiz. Que mal? O PT porque PT? Ora, ainda que o partido se chamasse rosa, cheiraria a estrume se as mesmas fossem as suas práticas.
Com a
derrocada do PT, o que se espera é que se aposentem de vez, na cabeça
dos tolos e bem-intencionados, as ilusões redentoras de que um ente de
razão pode tomar o lugar da sociedade e, por intermédio da realização
dos seus desígnios, cumprir o suposto destino de um povo — quem sabe da
humanidade.
Essas
aspirações, felizmente, foram mortas e estão enterradas no século
passado. Num dos esquifes, está escrito “fascismo”; no outro,
“socialismo”, faces só apenas aparentemente opostas de uma mesma crença
bastarda.
Mas o
petismo não se faz só de tolos bem-intencionados. A Lava-Jato evidencia
de forma cabal que mesmo a ideologia, nesses mais de 13 anos, serviu de
cortina de fumaça para o maior assalto aos cofres públicos de que se tem
notícia, atenção, no mundo! Estamos falando de ladrões!
Intelectuais
mixurucas de esquerda saem por aí a pregar que o antipetismo é uma
expressão de preconceito político. Trata-se de uma fala de vigaristas.
Por que a ninguém nunca ocorreu antes classificar o “antimalufismo” de
manifestação igualmente preconceituosa? Eu explico: é que Paulo Maluf,
ao menos, nunca ousou transformar os seus métodos numa teoria do poder.
Dilma vai
deixar a Presidência arrotando a sua honestidade pessoal, como se a
única forma de atentar contra a democracia e o Estado de Direito fosse
assaltando, literalmente, os cofres públicos. Não custa lembrar ainda
outra vez que os crimes de responsabilidade não servem para punir
gatunos do caixa, mas gatunos da institucionalidade.
Cumpre
lembrar, a propósito que, a cada vez que esta senhora usou no Palácio do
Planalto para chamar de golpe o impeachment e de golpistas seus
adversários, estava se comportando, sim, como uma assaltante: uma
assaltante da Constituição; uma assaltante das leis; uma assaltante da
democracia.
Que Dilma se vá! Que se vá para não mais voltar! Que se vá para que o Brasil possa encontrar o seu caminho.
Os dias que virão pela frente não serão fáceis. Até porque os companheiros sempre foram hábeis sabotadores de governos alheios.
Mas os brasileiros também passaram por um treinamento intensivo e saberão como enfrentá-los.
O PT é passado.
Que venha o futuro!
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