Há onze meses, poucos imaginavam que o magnata, com suas declarações descabidas, teria chances de avançar na corrida eleitoral americana
Nesta
quarta-feira, Donald Trump se tornou o único pré-candidato republicano
para as eleições presidenciais dos Estados Unidos. Com mais uma vitória
do magnata nas prévias, desta vez em Indiana, na terça, seus únicos dois
concorrentes internos, Ted Cruz e John Kasich, anunciaram que
desistiram da campanha. Assim, falta pouco para o partido oficializar
Trump como o seu representante nas eleições de novembro. Para isso, ele
precisa conquistar 1.237 delegados (até agora, já acumula 1.053) e
torcer para que os republicanos não decidam mudar as regras para barrar a
sua candidatura - o que é pouco provável de acontecer.
Trump passou de candidato caricato e desacreditado para o provável representante dos republicanos em onze meses, desde o início de sua pré-candidatura. Neste período, o magnata desfilou declarações chocantes (e preconceituosas), fez promessas megalomaníacas, conquistou tantos críticos quanto entusiastas e, assim, mudou os rumos da corrida eleitoral.
Diante do fato de Trump estar cada vez mais próximo da candidatura oficial, especialistas tentam entender as razões de suas vitórias nas prévias. Em um artigo sobre o assunto publicado no site da BBC, Katty Kay, analista política da emissora britânica, considera que o aparente sucesso da campanha do magnata se deve a sua aproximação com a classe trabalhadora, especialmente com homens brancos de escolaridade mais baixa. Durante os últimos anos, esse grupo tem sofrido com a baixa taxa de emprego e os salários estagnados. Com o aumento da globalização, da imigração e do livre comércio, essas pessoas se sentiram deixadas para trás.
Trump parece ter entendido isso. Chegou a dizer, durante sua campanha, que amava os eleitores "pouco educados". E, entre outras promessas, afirmou que pretende construir um muro na fronteira mexicana e varrer dos Estados Unidos os 11 milhões de imigrantes ilegais que lá vivem, além de expulsar todos os muçulmanos do país. Com essa declaração, deu voz a um sentimento anti-islâmico que pairava entre os americanos desde o atentado de 11 de setembro de 2001.
E os apoiadores do republicano se tornaram tão devotos a ele que, mesmo diante das declarações mais absurdas, suas taxas de aprovação continuaram a subir. As afirmações descabidas, na verdade, só serviram para garantir ao magnata uma cobertura midiática muito mais ampla do que a dedicada a qualquer outro candidato. Quase todos os dias, Trump aparece na TV americana dando entrevistas e, graças a ele, os debates das primárias estiveram entre as atrações mais vistas da história da televisão paga dos Estados Unidos.
Ao virar sinônimo de declarações absurdas, o republicano atraiu a atenção da mídia para a sua campanha e trocou o posto de palhaço nacional para o de candidato presidencial. Para se ter uma ideia da evolução, quando Trump se lançou como candidato, em junho de 2015, dois terços dos republicanos juraram que nunca votariam nele. Hoje, o magnata já conquistou cerca de 1.056 delegados (segundo estimativas da CNN) dos 1.237 necessários para confirmar a sua indicação como candidato republicano.
Trump passou de candidato caricato e desacreditado para o provável representante dos republicanos em onze meses, desde o início de sua pré-candidatura. Neste período, o magnata desfilou declarações chocantes (e preconceituosas), fez promessas megalomaníacas, conquistou tantos críticos quanto entusiastas e, assim, mudou os rumos da corrida eleitoral.
Diante do fato de Trump estar cada vez mais próximo da candidatura oficial, especialistas tentam entender as razões de suas vitórias nas prévias. Em um artigo sobre o assunto publicado no site da BBC, Katty Kay, analista política da emissora britânica, considera que o aparente sucesso da campanha do magnata se deve a sua aproximação com a classe trabalhadora, especialmente com homens brancos de escolaridade mais baixa. Durante os últimos anos, esse grupo tem sofrido com a baixa taxa de emprego e os salários estagnados. Com o aumento da globalização, da imigração e do livre comércio, essas pessoas se sentiram deixadas para trás.
Trump parece ter entendido isso. Chegou a dizer, durante sua campanha, que amava os eleitores "pouco educados". E, entre outras promessas, afirmou que pretende construir um muro na fronteira mexicana e varrer dos Estados Unidos os 11 milhões de imigrantes ilegais que lá vivem, além de expulsar todos os muçulmanos do país. Com essa declaração, deu voz a um sentimento anti-islâmico que pairava entre os americanos desde o atentado de 11 de setembro de 2001.
E os apoiadores do republicano se tornaram tão devotos a ele que, mesmo diante das declarações mais absurdas, suas taxas de aprovação continuaram a subir. As afirmações descabidas, na verdade, só serviram para garantir ao magnata uma cobertura midiática muito mais ampla do que a dedicada a qualquer outro candidato. Quase todos os dias, Trump aparece na TV americana dando entrevistas e, graças a ele, os debates das primárias estiveram entre as atrações mais vistas da história da televisão paga dos Estados Unidos.
Ao virar sinônimo de declarações absurdas, o republicano atraiu a atenção da mídia para a sua campanha e trocou o posto de palhaço nacional para o de candidato presidencial. Para se ter uma ideia da evolução, quando Trump se lançou como candidato, em junho de 2015, dois terços dos republicanos juraram que nunca votariam nele. Hoje, o magnata já conquistou cerca de 1.056 delegados (segundo estimativas da CNN) dos 1.237 necessários para confirmar a sua indicação como candidato republicano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário