20/07/2008
Acordei já com o sol alto. Tem alguém trancado no banheiro, espero que ele não esteja morto.
Tem uma manada esparramada na sala. Todos dormem. São onze horas. Ponho óculos escuros (tô virando um vampiro), destranco o armário, pego uma garrafa, um copinho de vidro, um limão, sal e vou lá pra fora.
Fumei uma cigarrilha. Peguei o violão melhorzinho e fiquei dedilhando algumas músicas: toquei muito Whitesnake, David Coverdale canta demais! Após Soldiers of fortune, percebi que todos estavam acordados. Fiquei envergonhado. Tirei o meu time de campo.
A manada foi embora, cada qual foi para a sua cabana, deixando-nos a sós. Estou me comunicando melhor com ela.
E ela sempre e cada vez mais atrevida. Eu disse que teria partir. Ela levantou a blusa, e mostrou dois motivos para que terminasse a conversa ali mesmo, naquele momento.
Resumo: tomamos um café da manhã regado a tequila, limão e sal. Saquei do armário uns queijos e azeitonas, e foi assim. Nos amamos novamente. Mas teria que partir.
Vem à minha mente um poema do Lorca que diz mais ou menos assim:
"Hoje sinto no coração
um vago tremor de estrelas,
mas minha senda se perde
na alma névoa.
A luz me quebra as asas
e a dor de minha tristeza
vai molhando as recordações
na fonte da idéia."
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