17/07/2008
Eis que estou aqui, no meio do nada. Sem telefone ou internet. Se o mundo acabar, ficarei sabendo daqui uns cinco dias. O jornal mais atualizado data de uma semana atrás.
Aluguei uma cabana que foi um dia um estábulo para cavalos. Ela é bem espaçosa, com banheiro e uma cama king size só pra mim. Únicos confortos, além da geladeira, do mundo moderno.
No início me desesperei. Mas, agora, estou mais relaxado. A cabana foi construída na década de vinte, mas aí veio a depressão e a fazenda mudou de mãos...
O lugar é muito bonito, paisagem bucólica: estrada até a cabana é sombreada por árvores altas (que depois fui saber que são álamos). A cabana dista quase um quilômetro da sede. Um silêncio aterrador. A uns duzentos metros da cabana, mais à frente, tem um lago imenso, onde pescadores de fim de semana vão pescar uns peixes prateados, de tamannho considerável (trutas, eu creio).
A sede é bem confortável, a piscina é tão grande (com bares dentro) que imaginado-a cheia de gente, fico com arrepios.
Eu estou em busca de paz do espírito. Na fase de admirar monge budista pela sua mudez e quietude. O meu trabalho me obriga a falar demais, então eu quero, agora, silêncio.
A única exceção foi para uma amiga que veio de muito longe e tive um imenso prazer em falar com ela. Só.
Depois disso, peguei a mochila, tomei um avião, um ônibus e aluguei um carro, e vim para cá.
No meio do nada.
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