18/07/2008
Mantinha-me muito limpo e saudável, de corpo e alma. Pretendia ficar assim.
Num recesso amoroso. Mas uma serpente apareceu no horizonte... e eu comi a desgraçada da maçã.
Era noite e, lá pelas tantas acabou a água mineral. Resoluto, fui até a sede, de carro, e enquanto esperava o meu pedido, esbarrei numa menina que estava na festa. Havia um monte de gente em torno da piscina, tocava uma música eletrônica e eles estavam enfeitados com colares e pulseiras fluorescentes.
Cumprimentei-a no meu mau ingês, girei nos meus calcanhares e fui embora. Já estava na cabana e escuta uma música, Sad and deep as you, muito linda, mas triste, trazendo más recordações, de um tempo muito difícil e dolosoda da minha vida.
Vai daí que a menina chegou, assim, do nada. Pelo que entendi, ela me convidadava para a festa na piscina. Sorrindo, estende a mão e me ofereceu uma pílula. Temendo o pior, recusei, usei uma pá de argumentos, do fazia-mal-pra-saúde até não-tenho-mais-idade-pra-isso.
Diante da negativa, ela sorriu, virou as costas e foi embora.
Duas da manhã (horário deles), ela voltou, gritou algo na porta e eu atendi. Foi aí que eu me perdi.
Sorriu e entrou sem ser convidada. Trazia na mão uma garrafa de Jose Cuervo Ouro, três limões e um saleiro.
Agora ela estava falando a minha língua.
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