A minha ninfa (é tão fácil e gostoso se apropriar das pessoas) vestia uma saia dessas de brechó caro, uma blusa de mangas compridas, que deixava à mostra uma pequena parte de uma pele branca, alva, alvíssima do seu sagrado ventre.
O conjunto era rematado por botas que iam até o joelho, daquelas de zíper, daquelas usadas pelas mulheres fatais em filmes noir.
Seus cabelos vinham até a altura dos seios e eram crespos. Emolduravam uma face delicada (como convém a uma ninfa) e lábios que eu toquei com os meus (sim, agora eu sei que a beijei-lhe e a sua língua tocou a minha) e toquei-lhe também com os meus dedos. Era real, a minha ninfa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário