Maria João Lopes - Público
O BE sabe que um dos cartazes, com a imagem de Jesus Cristo, poderá motivar polémica. Mas considera-a “bem-vinda”, porque leva as pessoas a discutirem o tema.
Cartaz do Bloco
Neste sábado, o Bloco de Esquerda já deverá ter espalhado pelas ruas do país um cartaz com a imagem de Jesus Cristo no qual se lê “Jesus também tinha dois pais”. Com um fundo cor-de-rosa e verde, pretende assinalar uma data: 10 de Fevereiro de 2016, o dia em que, recorda também o cartaz, o “Parlamento termina discriminação na lei da adopção”.
O cartaz é apenas uma das peças de uma campanha do Bloco que inclui ainda um outdoor, no qual se lê a palavra Igualdade, acompanhada de desenhos que representam diferentes tipos de famílias. Para além disso, haverá ainda autocolantes e está prevista uma sessão pública para discutir o tema. Os bloquistas pretendem convidar pessoas de organizações e de associações, entre outros participantes, que, de alguma forma, estejam ligados à causa. Em breve anunciarão a data e os oradores desta sessão.
Neste sábado, o Bloco de Esquerda já deverá ter espalhado pelas ruas do país um cartaz com a imagem de Jesus Cristo no qual se lê “Jesus também tinha dois pais”. Com um fundo cor-de-rosa e verde, pretende assinalar uma data: 10 de Fevereiro de 2016, o dia em que, recorda também o cartaz, o “Parlamento termina discriminação na lei da adopção”.
O cartaz é apenas uma das peças de uma campanha do Bloco que inclui ainda um outdoor, no qual se lê a palavra Igualdade, acompanhada de desenhos que representam diferentes tipos de famílias. Para além disso, haverá ainda autocolantes e está prevista uma sessão pública para discutir o tema. Os bloquistas pretendem convidar pessoas de organizações e de associações, entre outros participantes, que, de alguma forma, estejam ligados à causa. Em breve anunciarão a data e os oradores desta sessão.
A
ideia do cartaz com a imagem de Jesus Cristo não pretende ofender nem a
Igreja nem a religião, garante a deputada do BE Sandra Cunha. É apenas,
diz, uma forma de “mostrar às pessoas” que “sempre existiram famílias
diferentes” e que essa não é uma realidade “nova nem recente”. Os dois
pais a que se refere o cartaz são, especifica a deputada, “o pai
espiritual e o pai terreno” de Jesus Cristo. Sandra Cunha sabe que
“provavelmente” o cartaz vai gerar polémica, mas considera-a
“bem-vinda”, porque faz com que as pessoas discutam o tema, defende.
O objectivo geral da campanha é assinalar o dia em que o Parlamento voltou a confirmar o diploma que legaliza a adopção por casais do mesmo sexo. A adopção por casais gay já tinha sido aprovada antes na Assembleia da República, mas depois foi vetada pelo Presidente da República. Regressou, então, ao Parlamento, onde a 10 de Fevereiro, a maioria dos deputados reconfirma o sentido da sua votação. Cavaco foi, assim, obrigado a promulgar o diploma.
“A campanha marca esta conquista enorme do fim da discriminação na lei contra famílias e crianças por causa da orientação sexual das pessoas. É uma conquista histórica da sociedade portuguesa. Mas consideramos que, apesar de esta conquista na lei ter sido o culminar de uma série de reivindicações, importa ainda continuar esta batalha na sociedade: mudar mentalidades, destruir preconceitos, chamar a atenção para estas questões”, explica Sandra Cunha, para quem ainda é preciso fazer “corresponder o fim da discriminação na lei” às mentalidades e à sociedade.
Para a deputada, ainda há também “bastante a fazer” a nível legislativo no que respeita à identidade de género. Por isso, nota, o Bloco está a trabalhar em projectos precisamente com o objectivo de “pôr fim à discriminação com base na identidade de género”.
Na votação que confirmou os diplomas, a adopção por casais do mesmo sexo contou com uma maioria de 137 deputados a favor, sobretudo da esquerda parlamentar, 19 deputados do PSD (entre eles Paula Teixeira da Cruz e Teresa Leal Coelho) e o deputado do PAN, André Silva.
O objectivo geral da campanha é assinalar o dia em que o Parlamento voltou a confirmar o diploma que legaliza a adopção por casais do mesmo sexo. A adopção por casais gay já tinha sido aprovada antes na Assembleia da República, mas depois foi vetada pelo Presidente da República. Regressou, então, ao Parlamento, onde a 10 de Fevereiro, a maioria dos deputados reconfirma o sentido da sua votação. Cavaco foi, assim, obrigado a promulgar o diploma.
“A campanha marca esta conquista enorme do fim da discriminação na lei contra famílias e crianças por causa da orientação sexual das pessoas. É uma conquista histórica da sociedade portuguesa. Mas consideramos que, apesar de esta conquista na lei ter sido o culminar de uma série de reivindicações, importa ainda continuar esta batalha na sociedade: mudar mentalidades, destruir preconceitos, chamar a atenção para estas questões”, explica Sandra Cunha, para quem ainda é preciso fazer “corresponder o fim da discriminação na lei” às mentalidades e à sociedade.
Para a deputada, ainda há também “bastante a fazer” a nível legislativo no que respeita à identidade de género. Por isso, nota, o Bloco está a trabalhar em projectos precisamente com o objectivo de “pôr fim à discriminação com base na identidade de género”.
Na votação que confirmou os diplomas, a adopção por casais do mesmo sexo contou com uma maioria de 137 deputados a favor, sobretudo da esquerda parlamentar, 19 deputados do PSD (entre eles Paula Teixeira da Cruz e Teresa Leal Coelho) e o deputado do PAN, André Silva.
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