Ernesto Rodrigues - 13.out.2015/Folhapress | ||
A presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva durante congresso da CUT em São Paulo |
Um dos principais interlocutores de Lula dentro do Planalto, o ministro
Jaques Wagner (Casa Civil) viajou a São Paulo na terça (23) para ouvir
os recados do ex-presidente.
O movimento de Lula foi acompanhado já na semana passada pelo seu partido, que fez duras críticas à aprovação, com apoio do Planalto, de um projeto no Senado que diminui o peso da Petrobras na exploração do pré-sal.
Além disso, o Diretório Nacional do PT aprovou texto rejeitando o ajuste fiscal e pedindo a volta de políticas dos anos Lula no poder, como estímulo ao crédito, para tentar reanimar a economia.
Dilma, por sinal, não compareceu ao encontro partidário neste sábado (27). Para tentar amainar o clima, o entorno dilmista quer viabilizar um encontro entre os dois nesta semana, mas até o domingo (28) a posição oficial do Instituto Lula era de que isso não deveria acontecer.
Não é a primeira vez que Lula envia esse tipo de sinal, mas o momento é considerado o de maior fissura entre os dois. Contra a ideia de um rompimento formal há a avaliação de que um naufrágio do governo da sucessora invariavelmente afetaria Lula.
No cálculo de Lula, apurado com aliados, ele havia estipulado junho como prazo final para avaliar sua situação política, a do governo e a do partido. A partir daí, decidiria sobre a a candidatura à Presidência em 2018.
Além da má avaliação do governo Dilma, pesa contra Lula o fato de sua imagem pessoal estar comprometida. Ele é investigado por suposto tráfico de influência para empreiteiras no exterior e por causa do tríplex no Guarujá (SP) e do sítio em Atibaia (SP).
Lula nega as acusações e diz que há setores da mídia e do Judiciário buscando "criminalizá-lo". Por isso, diz, é preciso se concentrar em uma linha de defesa mais precisa.
O plano original de Lula, porém, foi suspenso com as novas medidas de ajuste fiscal e com a prisão do marqueteiro João Santana, que trabalhou na sua reeleição, em 2006, e nas duas campanhas de Dilma, em 2010 e 2014.
Segundo a Folha apurou, Lula classificou como "pífias" as primeiras propostas do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, outrora aliado.
Segundo Lula diz a aliados, Dilma, que chegou ao PT em 2001, não está comprometida com o projeto partidário.
Os dois têm conversado cada vez menos e, segundo relatos, as últimas reuniões foram "protocolares". Lula reclama que Dilma ouve suas sugestões, mas não faz nada.
Como oferta de trégua, o ex-presidente insiste em ter a cabeça de José Eduardo Cardozo (Justiça). Para Lula, ele é o responsável pelo avanço das investigações ao coração do PT e do Planalto por não controlar a Polícia Federal.
No sábado, o ex-presidente disse em discurso em festa do PT ter recebido a informação de que terá seus sigilos bancário, telefônico e fiscal quebrados.
Lula é alvo de investigações em Brasília, São Paulo e em Curitiba. Procuradores negam já ter formulado pedidos de quebra de sigilos dele. Sob anonimato, um investigador diz que, ao dar a declaração, o petista busca se vitimizar aos olhos da opinião pública.
O movimento de Lula foi acompanhado já na semana passada pelo seu partido, que fez duras críticas à aprovação, com apoio do Planalto, de um projeto no Senado que diminui o peso da Petrobras na exploração do pré-sal.
Além disso, o Diretório Nacional do PT aprovou texto rejeitando o ajuste fiscal e pedindo a volta de políticas dos anos Lula no poder, como estímulo ao crédito, para tentar reanimar a economia.
Dilma, por sinal, não compareceu ao encontro partidário neste sábado (27). Para tentar amainar o clima, o entorno dilmista quer viabilizar um encontro entre os dois nesta semana, mas até o domingo (28) a posição oficial do Instituto Lula era de que isso não deveria acontecer.
Não é a primeira vez que Lula envia esse tipo de sinal, mas o momento é considerado o de maior fissura entre os dois. Contra a ideia de um rompimento formal há a avaliação de que um naufrágio do governo da sucessora invariavelmente afetaria Lula.
No cálculo de Lula, apurado com aliados, ele havia estipulado junho como prazo final para avaliar sua situação política, a do governo e a do partido. A partir daí, decidiria sobre a a candidatura à Presidência em 2018.
Além da má avaliação do governo Dilma, pesa contra Lula o fato de sua imagem pessoal estar comprometida. Ele é investigado por suposto tráfico de influência para empreiteiras no exterior e por causa do tríplex no Guarujá (SP) e do sítio em Atibaia (SP).
Lula nega as acusações e diz que há setores da mídia e do Judiciário buscando "criminalizá-lo". Por isso, diz, é preciso se concentrar em uma linha de defesa mais precisa.
O plano original de Lula, porém, foi suspenso com as novas medidas de ajuste fiscal e com a prisão do marqueteiro João Santana, que trabalhou na sua reeleição, em 2006, e nas duas campanhas de Dilma, em 2010 e 2014.
Segundo a Folha apurou, Lula classificou como "pífias" as primeiras propostas do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, outrora aliado.
Segundo Lula diz a aliados, Dilma, que chegou ao PT em 2001, não está comprometida com o projeto partidário.
Os dois têm conversado cada vez menos e, segundo relatos, as últimas reuniões foram "protocolares". Lula reclama que Dilma ouve suas sugestões, mas não faz nada.
Como oferta de trégua, o ex-presidente insiste em ter a cabeça de José Eduardo Cardozo (Justiça). Para Lula, ele é o responsável pelo avanço das investigações ao coração do PT e do Planalto por não controlar a Polícia Federal.
No sábado, o ex-presidente disse em discurso em festa do PT ter recebido a informação de que terá seus sigilos bancário, telefônico e fiscal quebrados.
Lula é alvo de investigações em Brasília, São Paulo e em Curitiba. Procuradores negam já ter formulado pedidos de quebra de sigilos dele. Sob anonimato, um investigador diz que, ao dar a declaração, o petista busca se vitimizar aos olhos da opinião pública.
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