Um homem público que mistura o público com o privado pode ser um homem, mas respeitável não é
Ricardo Noblat - O Globo
Que homem público respeitável é esse, capaz de admitir, sem corar, que
recebeu de presente de amigos – de presente, ora vejam só? – um sítio de
173 mil metros quadrados (equivalente a 24 campos de futebol), em
valorizada área do município paulista de Atibaia?
Que homem público respeitável é esse, capaz de admitir sem corar, que o sítio unicamente usado por ele e sua família, na verdade, não é dele, mas de terceiros, uma vez que está registrado em nome de um amigo, sócio de um empresário, que por sua vez hospeda, de graça, um dos seus filhos em apartamento luxuoso da capital paulista?
Que homem público respeitável é esse, capaz de admitir sem corar, que o sítio foi reformado gratuitamente por um amigo dele preso pela Lava-Jato, o empresário José Carlos Bumlai, quando se sabe que foi a construtora Odebrecht que o reformou sem cobrar nada por isso?
Que homem público respeitável é esse, capaz de admitir sem corar, que a construtora OAS reformou por que quis o tripléx do Guarujá reservado para ele e sua família, e que ganhou um elevador privativo só para aumentar sua comodidade? Esse homem diz que desistiu da compra do tríplex porque sua intimidade foi devassada pela mídia.
Que homem público respeitável é esse, capaz de se declarar inocente das suspeitas que pesam sobre seus ombros, e que ao mesmo tempo se vale de todos os meios para evitar depor na Justiça sobre o sítio que nega ser seu, e sobre o tríplex que jura que jamais foi? Se é inocente por que tem tanto medo da Justiça?
Por fim, que homem público respeitável é esse, capaz de levar a vida aceitando “favores” de amigos e empresas, de carros a apartamentos emprestados, de sítio reformado de graça por construtora a triplex reformado de graça por construtora, beneficiando-se daqueles que nos seus dois governos foram beneficiados por ele?
Um homem público que mistura o público com o privado pode ser um homem, mas respeitável não é.
Que homem público respeitável é esse, capaz de admitir sem corar, que o sítio unicamente usado por ele e sua família, na verdade, não é dele, mas de terceiros, uma vez que está registrado em nome de um amigo, sócio de um empresário, que por sua vez hospeda, de graça, um dos seus filhos em apartamento luxuoso da capital paulista?
Que homem público respeitável é esse, capaz de admitir sem corar, que o sítio foi reformado gratuitamente por um amigo dele preso pela Lava-Jato, o empresário José Carlos Bumlai, quando se sabe que foi a construtora Odebrecht que o reformou sem cobrar nada por isso?
Que homem público respeitável é esse, capaz de admitir sem corar, que a construtora OAS reformou por que quis o tripléx do Guarujá reservado para ele e sua família, e que ganhou um elevador privativo só para aumentar sua comodidade? Esse homem diz que desistiu da compra do tríplex porque sua intimidade foi devassada pela mídia.
Que homem público respeitável é esse, capaz de se declarar inocente das suspeitas que pesam sobre seus ombros, e que ao mesmo tempo se vale de todos os meios para evitar depor na Justiça sobre o sítio que nega ser seu, e sobre o tríplex que jura que jamais foi? Se é inocente por que tem tanto medo da Justiça?
Por fim, que homem público respeitável é esse, capaz de levar a vida aceitando “favores” de amigos e empresas, de carros a apartamentos emprestados, de sítio reformado de graça por construtora a triplex reformado de graça por construtora, beneficiando-se daqueles que nos seus dois governos foram beneficiados por ele?
Um homem público que mistura o público com o privado pode ser um homem, mas respeitável não é.
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