Vera Magalhães - VEJA
A interinidade de fato a que o mandato de Dilma
Rousseff foi relegado desde que a Câmara recomendou ao senado a abertura
de processo de impeachment está fazendo com que seu governo se
assemelhe a uma liquidação geral de queima de estoque.
Dilma está há 40 dias sem ministro da Casa Civil. Também perdeu ocupantes de outras pastas importantes.
Enquanto isso, movimentos sociais como CUT, MST e
MTST se reuniram com a fragilizada ainda presidente para fazer
cobranças. Querem reajuste do Bolsa-Família, a retirada de projetos que
contrariam esses segmentos do Congresso e, olha só, cargos no primeiro
escalão.
Não importa que, no cenário mais provável, Dilma provavelmente tenha de se licenciar do cargo em algumas semanas.
Seus apoiadores, cientes de que uma das primeiras
medidas de Michel Temer será fechar a torneira de financiamento de
grupos pró-PT, querem fazer como a formiga da fábula de La Fontaine e
armazenar víveres para um inverno que temem ser longo e tenebroso.
Diante de cenas de família vende tudo como a do
ensaio sensual fotográfico da primeira-dama do Turismo, Milena Santos,
mulher do ministro tapa-buraco Alessandro Teixeira, os movimentos viram
que quem chorar mais leva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário