segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

AINDA QUEREM SABER POR QUE O PROGRAMA ANTÁRTICO FOI PARA O SACO?

Verba para programa antártico é a mais baixa dos últimos anos
FSP
O orçamento deste ano do programa brasileiro na Antártida, o Proantar (Programa Antártico Brasileiro), é o menor dos últimos sete anos.
O Proantar recebe quase todo recurso dos ministérios da Defesa e da Ciência e Tecnologia. Os recursos da Ciência e Tecnologia são em sua maioria para bolsas de pesquisa. Já os da Defesa são usados para bancar o funcionamento e ampliação da estação Comandante Ferraz e do navio de transporte.
Mas a área de pesquisa da base e a estação brasileira Comandante Ferraz recebem investimentos de outras maneiras que não são registradas no orçamento da União.
A previsão de recursos do Proantar para 2012 era a menor desde 2006. O valor para 2012 é 42% abaixo do orçamento do ano passado, caindo de R$ 18,3 milhões para R$ 10,7 milhões. O valor desse ano é praticamente o mesmo de 2005 corrigido. Os orçamentos de 2004 a 2002 eram menores.
A redução acompanha um decréscimo de gastos efetivos de recursos do orçamento federal no programa. Em 2010, o Proantar gastou R$ 28,8 milhões em ciência e logística. Em 2011, teve gastos de R$ 11,2 milhões, apenas 40% do dispêndio do ano anterior e o menor gasto desde 2007.
O ministro Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia) diz que o ministério gastou R$ 138 milhões com atividades na Antártida de 2007 para cá, o que inclui ações dentro do Proantar e fora dele.
"Sou um realista, sei que você só pode investir e gastar aquilo que está dentro do seu orçamento. Para tudo no Brasil precisa de mais [recursos]. Tem que ir vendo o que é mais necessário no momento."
O ministério da Defesa e a Marinha, responsável pela base, informaram que não teriam condições de comentar os números ontem.
Em 2007, a Defesa gastou R$ 20,2 milhões na base em valores corrigidos. Em 2008, o valor foi quase o mesmo, caindo para R$ 6,5 milhões em 2009. O gasto subiu em 2010 para R$ 17,3 milhões e no ano passado caiu para R$ 9,7 milhões.
(DIMMI AMORA, JOHANNA NUBLAT E SIMONE IGLESIAS)

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