Após renunciar e voltar atrás, prefeito de Roma é deposto do cargo
VEJA
Ignazio Marino, deposto do cargo de prefeito de Roma, fala durante uma coletiva de imprensa(Andreas Solaro/AFP)
O
prefeito de Roma, Ignazio Marino, foi deposto do cargo na noite desta
sexta-feira e acusou o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, de
apunhalá-lo pelas costas, em novo capítulo da novela política que
capturou a atenção do país. O governo de Marino, que durou dois anos e
meio, chegou a um estrondoso fim com a renúncia de 26 conselheiros
municipais.
Marino foi atingido por um escândalo de gastos e entregou sua renúncia
pela primeira vez há três semanas, pressionado por Renzi, o que causou
tensões no Partido Democrático (PD), legenda de ambos. Ele nega qualquer
irregularidade.
Na quinta-feira, ele exerceu seu direito previsto em lei de desistir da renúncia
em 20 dias e prometeu defender seu histórico. Mas a decisão gerou
consequências negativas para ele, com a renúncia em massa, incluindo de
19 conselheiros do PD.
Em declarações dadas na prefeitura, somente a alguns quarteirões do
local onde o imperador romano Júlio César teria sido apunhalado por
conspiradores, foi dramático: "Aqueles que me apunhalaram têm 26 nomes e
eles têm um instigador", disse ele se referindo aos conselheiros e a
Renzi, que também nesta sexta reclamou que Marino perdeu contato com o
povo.
O agora ex-prefeito, por sua vez, disse durante uma barulhenta
entrevista coletiva que os conselheiros mostraram "total falta de
respeito com os cidadãos" que o elegeram.
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