Em depoimento ao juiz Sergio Moro, ex-ministro reconheceu que teve a reforma de seu apartamento paga por Milton Pascowitch. ‘Ele admitiu seus pecados’, disse advogado
VEJA
Dirceu respondeu a todas as perguntas de Moro no depoimento de hoje, segundo seu advogado(Vagner Rosário/VEJA.com)
Depois de optar pelo silêncio em depoimentos anteriores, o ex-ministro José Dirceu respondeu a todas as perguntas na audiência desta sexta-feira com o juiz Sergio Moro. Réu em ação penal por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Lava Jato, Dirceu está preso desde 3 de agosto. Segundo o seu advogado, Roberto Podval, o ex-ministro "admitiu seus pecados" no depoimento e "esclareceu tudo, disse que é verdade que o Milton Pascowitch pagou a reforma do seu apartamento e da sua casa", além de ter negado ser o autor da indicação de Renato Duque à diretoria de Serviços da Petrobras.
Ainda sobre a relação de seu cliente com o lobista e delator
Pascowitch, o advogado contou que Dirceu admitiu a Moro ter permitido
que o lobista pagasse as reformas, justificando que se tratava de "uma
coisa minha com Milton, eu iria pagar o Milton". Para Podval, Pascowitch
"se aproveitou da situação e 'vendeu' o Zé".
José Dirceu negou ter indicado Renato Duque para a Diretoria de Serviços da Petrobras. Apontado como cota do PT na estatal, Duque também é réu da Lava Jato, acusado de controlar um dos principais focos de corrupção na estatal.
Segundo seu advogado, Dirceu disse ter escolhido entre Duque e uma indicação do PSDB. "Havia um pedido do PSDB, uma indicação absolutamente legítima. Eu já tinha uma indicação do PSDB por conta de Furnas e havia uma outra pessoa indicada pelo PT." O ex-ministro negou ter "interesse pessoal" com Duque e argumentou que, como ministro da Casa Civil, cabia a ele a última palavra e a assinatura nas nomeações a cargos e ministérios. "Renato Duque não era amigo meu, eu nunca tinha visto, não sabia quem era", afirmou o ex-chefe da Casa Civil.
Dirceu admitiu também ter usado um jatinho de outro lobista e delator, Julio Camargo, conforme relatou Podval. "Os aviões me foram cedidos. A vida inteira me foram cedidos. Foram cedidos por ele, foram cedidos por outros. Eu sempre voei e sempre me deram", disse o ex-ministro a Moro.
José Dirceu negou ter indicado Renato Duque para a Diretoria de Serviços da Petrobras. Apontado como cota do PT na estatal, Duque também é réu da Lava Jato, acusado de controlar um dos principais focos de corrupção na estatal.
Segundo seu advogado, Dirceu disse ter escolhido entre Duque e uma indicação do PSDB. "Havia um pedido do PSDB, uma indicação absolutamente legítima. Eu já tinha uma indicação do PSDB por conta de Furnas e havia uma outra pessoa indicada pelo PT." O ex-ministro negou ter "interesse pessoal" com Duque e argumentou que, como ministro da Casa Civil, cabia a ele a última palavra e a assinatura nas nomeações a cargos e ministérios. "Renato Duque não era amigo meu, eu nunca tinha visto, não sabia quem era", afirmou o ex-chefe da Casa Civil.
Dirceu admitiu também ter usado um jatinho de outro lobista e delator, Julio Camargo, conforme relatou Podval. "Os aviões me foram cedidos. A vida inteira me foram cedidos. Foram cedidos por ele, foram cedidos por outros. Eu sempre voei e sempre me deram", disse o ex-ministro a Moro.
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