Promotores afirmam que há indícios de que o imóvel pertence ao ex-presidente Lula. A reforma foi realizada em 2014, quando Lula já havia deixado a Presidência
Oficialmente, o imóvel está em nome da OAS, mas há indícios de que
pertence ao ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia. O promotor
Cássio Conserino, do MP-SP, intimou o casal para prestar depoimento
sobre o tríplex no próximo dia 17 a partir de depoimentos que revelaram a
presença de Marisa Letícia supervisionando a obra. Todo o apartamento
foi reformado pela construtora em obra que teria custado 777.000 reais. A
empreiteira é alvo da Operação Lava Jato sob a acusação de ter pagado
propina em troca de obras na Petrobrás.
Os eletrodomésticos da cozinha do tríplex, segundo investigadores, foram adquiridos pela OAS na loja Kitchens na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Um sítio em Atibaia, no interior paulista, que também pertenceria ao ex-presidente, recebeu cozinha planejada da mesma loja que custou 180.000 reais. A contratação da Kitchens pela OAS para mobiliar o apartamento 164-A do condomínio Solaris, no Guarujá, foi revelada pelo site O Antagonista. O site também informa que a cozinha do sítio foi bancada pela mesma empreiteira e, nesse caso, paga em espécie.
A reforma no tríplex foi realizada entre abril e setembro de 2014, quando Lula já havia deixado a Presidência da República. Se comprovado que o petista omitiu o imóvel de sua declaração de bens, o próximo passo, segundo os investigadores, é saber a razão. Uma das hipóteses é a necessidade de encobrir suposto pagamento por tráfico de influência, uma vez que Lula teria renda para comprar o imóvel. O ex-presidente tem reiterado que, após deixar o governo, sua única atividade remunerada é a de palestrante. Ele também nega fazer lobby para empresas.
No total, as cozinhas do tríplex e do sítio custaram 312.000 reais. Incluindo os armários do imóvel, a conta chega em 560.000 reais. Segundo uma fonte com acesso aos dados relacionados à compra e que pediu para não ser identificada, a Kitchens vendeu, ainda para o apartamento, armários do dormitório, lavanderia e banheiro. Com a entrada da OAS em recuperação judicial, a empresa Kitchens ficou no prejuízo e não recebeu a última parcela de 33.000 reais referente à cozinha do tríplex. A loja vai tentar receber o valor na Justiça.
Outros itens - Documentos obtidos pelo Estado revelam que a OAS também financiou outros itens do apartamento comprados no mercado de luxo. Uma escada caracol custou 23.817,85 reais. Outra, que dá acesso à cobertura, 19.352 reais. O porcelanato para as salas de estar, jantar, TV e dormitórios foi estimado em 28.204,65 reais. O rodapé em porcelanato, 14.764,71 reais. O deck para piscina, 9.290,08 reais. O elevador instalado oferece a possibilidade de ser personalizado, com acabamento conforme a escolha do cliente, e custou 62.500 reais.
O jornal O Estado de S.Paulo tentou contato com a OAS ontem por telefone e e-mail, mas não obteve resposta. O ex-presidente Lula tem sustentado que ele não é dono do tríplex nem do sítio em Atibaia. "Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop, para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel. Para ter o apartamento, de fato e de direito, seria necessário pagar a diferença entre o valor da cota e o valor do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. A família do ex-presidente não exerceu esse direito. Portanto, Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal. E continuará lutando em defesa do Brasil, do Estado de Direito e da democracia".
Os eletrodomésticos da cozinha do tríplex, segundo investigadores, foram adquiridos pela OAS na loja Kitchens na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Um sítio em Atibaia, no interior paulista, que também pertenceria ao ex-presidente, recebeu cozinha planejada da mesma loja que custou 180.000 reais. A contratação da Kitchens pela OAS para mobiliar o apartamento 164-A do condomínio Solaris, no Guarujá, foi revelada pelo site O Antagonista. O site também informa que a cozinha do sítio foi bancada pela mesma empreiteira e, nesse caso, paga em espécie.
A reforma no tríplex foi realizada entre abril e setembro de 2014, quando Lula já havia deixado a Presidência da República. Se comprovado que o petista omitiu o imóvel de sua declaração de bens, o próximo passo, segundo os investigadores, é saber a razão. Uma das hipóteses é a necessidade de encobrir suposto pagamento por tráfico de influência, uma vez que Lula teria renda para comprar o imóvel. O ex-presidente tem reiterado que, após deixar o governo, sua única atividade remunerada é a de palestrante. Ele também nega fazer lobby para empresas.
No total, as cozinhas do tríplex e do sítio custaram 312.000 reais. Incluindo os armários do imóvel, a conta chega em 560.000 reais. Segundo uma fonte com acesso aos dados relacionados à compra e que pediu para não ser identificada, a Kitchens vendeu, ainda para o apartamento, armários do dormitório, lavanderia e banheiro. Com a entrada da OAS em recuperação judicial, a empresa Kitchens ficou no prejuízo e não recebeu a última parcela de 33.000 reais referente à cozinha do tríplex. A loja vai tentar receber o valor na Justiça.
Outros itens - Documentos obtidos pelo Estado revelam que a OAS também financiou outros itens do apartamento comprados no mercado de luxo. Uma escada caracol custou 23.817,85 reais. Outra, que dá acesso à cobertura, 19.352 reais. O porcelanato para as salas de estar, jantar, TV e dormitórios foi estimado em 28.204,65 reais. O rodapé em porcelanato, 14.764,71 reais. O deck para piscina, 9.290,08 reais. O elevador instalado oferece a possibilidade de ser personalizado, com acabamento conforme a escolha do cliente, e custou 62.500 reais.
O jornal O Estado de S.Paulo tentou contato com a OAS ontem por telefone e e-mail, mas não obteve resposta. O ex-presidente Lula tem sustentado que ele não é dono do tríplex nem do sítio em Atibaia. "Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop, para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel. Para ter o apartamento, de fato e de direito, seria necessário pagar a diferença entre o valor da cota e o valor do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. A família do ex-presidente não exerceu esse direito. Portanto, Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal. E continuará lutando em defesa do Brasil, do Estado de Direito e da democracia".
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