domingo, 31 de janeiro de 2016

Refugiados devem voltar para casa quando guerra acabar, diz Merkel
Hannibal Hanschke/Reuters
German Chancellor Angela Merkel addresses a joint news conference with Romania's Prime Minister Dacian Ciolos (not pictured) at the Chancellery in Berlin, Germany, January 7, 2016. REUTERS/Hannibal Hanschke ORG XMIT: AA46
A chanceler alemã, Angela Merkel, em entrevista concedida no início do mês em Berlim
Merkel tem resistido à pressão de grupos consevsadores para barrar o fluxo de refugiados ou fechar as fronteiras da Alemanha.
Em uma reunião regional de seu partido, a União Democrática Cristã, ela disse que era importante frisar que a maioria dos refugiados só recebeu permissão para ficar na Alemanha por um período limitado.
"Precisamos dizer às pessoas que esse é um status de residência temporária e nós esperamos que, quando haja paz na Síria de novo, quando o Estado Islâmico for derrotado no Iraque, que vocês voltem para seus países cientes de que ganharam", disse.
A chanceler disse que 70% dos refugiados que foram da ex-Iugoslávia para a Alemanha nos anos 1990 retornaram a suas casas.
CRÍTICAS
O apoio à chanceler tem cedido diante das preocupações sobre como o país vai integrar 1,1 milhão de imigrantes que chegaram no ano passado. Além disso, crime e segurança são pontos em discussão depois de um onda de assédios contra mulheres em Colônia, no Ano Novo, por homens de aparência árabe e norte-africana.
Na virada do ano, grupos de homens jovens cercaram mulheres e as assediaram sexualmente em frente à estação central de Colônia. A polícia registra mais de 90 casos, incluindo um estupro.
A chegada de imigrantes é um tema discutido pelo partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), cujo líder disse que estrangeiros que entrarem ilegalmente devem levar tiros, se necessário.
O líder do partido União Social Cristã, Horst Seehofer, já ameaçou levar o governo à Justiça se o fluxo de requerentes de asilo não for interrompido.
Em sua fala neste sábado, Merkel convocou outros países europeus a oferecer mais ajuda, "porque os números precisam ser reduzidos ainda mais e não devem começar a subir de novo, especialmente na primavera".
Segundo a chanceler, todos os países da União Europeia devem ter interesse em proteger as fronteiras externas do bloco e todos sofreriam se as fronteiras alemãs fossem fechadas. 

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