FSP
"Temos hoje um conjunto de políticas que são implementadas, mas a
avaliação da qualidade e da efetividade ainda não é boa", afirmou. "Eu
preciso sistematicamente, ano a ano, avaliar se determinado programa
social, se determinado investimento deve ou não continuar."
Não estará errado quem enxergar apenas o óbvio nessas declarações, sobretudo porque o ministro discorria acerca da necessidade de haver uma reforma do Estado.
Ocorre que, no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), as medidas mais óbvias e mais sensatas são também as mais raras, em particular quando se trata de aprimorar a administração pública. Daí por que a sugestão de Simão provoca surpresa e, naturalmente, igual dose de ceticismo.
Como o PT sempre se opôs ferozmente à ideia de promover qualquer corte na área social, é grande a chance de que tudo não passe de jogo de cena para tentar impressionar empresários e investidores.
A esta altura, o que mais poderia oferecer um governo que, sem força política para aprovar seus próprios projetos, já se revelou incapaz de controlar as contas públicas e viu sua credibilidade cair a patamar ainda mais baixo que o das ações da Petrobras?
Por outro lado, o simples fato de o ministro do Planejamento tocar num assunto que o PT considera tabu revela muito sobre as dificuldades atuais. Nos últimos anos, a hipótese de diminuir os gastos públicos em programas sociais não apareceu nem como reforço retórico nos discursos petistas.
Não se pode descartar, portanto, que as práticas citadas por Valdir Simão venham de fato a ser adotadas –não por um surto de responsabilidade do governo Dilma Rousseff, mas porque a crise talvez não lhe dê outra opção.
Não estará errado quem enxergar apenas o óbvio nessas declarações, sobretudo porque o ministro discorria acerca da necessidade de haver uma reforma do Estado.
Ocorre que, no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), as medidas mais óbvias e mais sensatas são também as mais raras, em particular quando se trata de aprimorar a administração pública. Daí por que a sugestão de Simão provoca surpresa e, naturalmente, igual dose de ceticismo.
Como o PT sempre se opôs ferozmente à ideia de promover qualquer corte na área social, é grande a chance de que tudo não passe de jogo de cena para tentar impressionar empresários e investidores.
A esta altura, o que mais poderia oferecer um governo que, sem força política para aprovar seus próprios projetos, já se revelou incapaz de controlar as contas públicas e viu sua credibilidade cair a patamar ainda mais baixo que o das ações da Petrobras?
Por outro lado, o simples fato de o ministro do Planejamento tocar num assunto que o PT considera tabu revela muito sobre as dificuldades atuais. Nos últimos anos, a hipótese de diminuir os gastos públicos em programas sociais não apareceu nem como reforço retórico nos discursos petistas.
Não se pode descartar, portanto, que as práticas citadas por Valdir Simão venham de fato a ser adotadas –não por um surto de responsabilidade do governo Dilma Rousseff, mas porque a crise talvez não lhe dê outra opção.
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