Patrik Stollarz - 11.nov.2015/AFP | ||
Foliões em Colônia (Alemanha) no início de novembro; Carnaval da cidade começa nesta quinta-feira (4) |
As medidas de segurança, que incluem iluminação de áreas escuras e
instalação de câmeras de vigilância, visam evitar a repetição dos
incidentes do Réveillon na cidade, quando centenas de mulheres relataram casos de roubo, assédio e agressão sexual em festa realizada na estação de trens.
Testemunhas disseram à polícia que a maioria dos agressores parecia ser de origem árabe ou norte-africana. O caso, que chocou a Alemanha, intensificou as críticas à decisão da chanceler Angela Merkel de abrir as portas do país para mais de 1 milhão de refugiados.
A prefeita de Colônia, Henriette Reker, disse que as autoridades da cidade farão todo o possível para que as pessoas se sintam seguras durante o Carnaval, mas a segurança nunca poderá ser 100% garantida.
"Vamos comemorar nosso Carnaval tradicional e mundialmente famoso, como sempre fizemos, e reagir aos acontecimentos da véspera de Ano-Novo com medidas específicas", afirmou a prefeita.
Nomeado chefe de polícia de Colônia após a destituição de Wolfgang Albers em razão dos crimes no Réveillon, Jürgen Mathies disse que os cerca de 2.000 agentes a postos para a Weiberfastnacht (Quinta-Feira Gorda), primeiro grande dia de festa, equivalem ao dobro do efetivo escalado no ano passado, e o total de policiais em serviço regular crescerá significativamente.
Também serão usadas câmeras de vídeo para monitorar possíveis problemas. Na véspera de Ano-Novo, não havia nenhuma câmera na praça perto da estação de trem –em parte porque, na Alemanha, a vigilância exercida pela Gestapo na época do nazismo e pela Stasi, a polícia política da Alemanha Oriental comunista, tornou impopular esse tipo de ferramenta.
O chefe de polícia afirmou ainda que 38 pessoas foram proibidas de
entrar em algumas regiões de Colônia e da cidade vizinha de Leverkusen.
As autoridades da cidade também prometeram iluminar 30 áreas escuras e vetar o acesso a uma praça de difícil iluminação, e as empresas de transporte anunciaram reforço de pessoal em seus trens e nas estações para aumentar a segurança. Ao todo, Colônia deve gastar com essas medidas € 478 mil (R$ 2,1 milhões) a mais que no ano passado.
MAIS CAUTELA
O chefe de polícia, porém, advertiu que o consumo de álcool e o grande número de pessoas –o Carnaval de Colônia, um dos mais tradicionais da Europa, atraiu 1,5 milhão de pessoas em 2015– tornam difícil garantir totalmente a segurança.
"Não podemos descartar que crimes aconteçam neste ano. Temos de ser realistas", declarou Matheis, ressaltando que a polícia tomará medidas firmes contra acusados de agressão sexual.
Alguns foliões ouvidos pela agência de notícias Reuters disseram que serão mais cautelosos. "Eu vou, mas ficarei sempre perto dos meus amigos e prestando atenção ao redor", disse a estudante de arqueologia Hanna, 19.
Outra estudante, Jana, 18, decidiu ir a uma festa menor fora da cidade. "Levarei meu spray de pimenta comigo. Costumava ir ao Carnaval de Colônia, mas, depois do que aconteceu na véspera do Ano-Novo, eu não me arriscaria."
Além do anúncio das medidas de segurança, para atrair mais pessoas à festa na cidade, a comissão do Carnaval de Colônia imprimiu panfletos para migrantes. Escritos em alemão, inglês e árabe, eles explicam como é a festa e convidam os interessados a participar.
Testemunhas disseram à polícia que a maioria dos agressores parecia ser de origem árabe ou norte-africana. O caso, que chocou a Alemanha, intensificou as críticas à decisão da chanceler Angela Merkel de abrir as portas do país para mais de 1 milhão de refugiados.
A prefeita de Colônia, Henriette Reker, disse que as autoridades da cidade farão todo o possível para que as pessoas se sintam seguras durante o Carnaval, mas a segurança nunca poderá ser 100% garantida.
"Vamos comemorar nosso Carnaval tradicional e mundialmente famoso, como sempre fizemos, e reagir aos acontecimentos da véspera de Ano-Novo com medidas específicas", afirmou a prefeita.
Nomeado chefe de polícia de Colônia após a destituição de Wolfgang Albers em razão dos crimes no Réveillon, Jürgen Mathies disse que os cerca de 2.000 agentes a postos para a Weiberfastnacht (Quinta-Feira Gorda), primeiro grande dia de festa, equivalem ao dobro do efetivo escalado no ano passado, e o total de policiais em serviço regular crescerá significativamente.
Também serão usadas câmeras de vídeo para monitorar possíveis problemas. Na véspera de Ano-Novo, não havia nenhuma câmera na praça perto da estação de trem –em parte porque, na Alemanha, a vigilância exercida pela Gestapo na época do nazismo e pela Stasi, a polícia política da Alemanha Oriental comunista, tornou impopular esse tipo de ferramenta.
Wolfgang Rattay/Reuters | ||
A prefeita Henriette Reker e os chefes da polícia de Colônia, Jürgen Mathies (centro) e Michael Temme |
As autoridades da cidade também prometeram iluminar 30 áreas escuras e vetar o acesso a uma praça de difícil iluminação, e as empresas de transporte anunciaram reforço de pessoal em seus trens e nas estações para aumentar a segurança. Ao todo, Colônia deve gastar com essas medidas € 478 mil (R$ 2,1 milhões) a mais que no ano passado.
MAIS CAUTELA
O chefe de polícia, porém, advertiu que o consumo de álcool e o grande número de pessoas –o Carnaval de Colônia, um dos mais tradicionais da Europa, atraiu 1,5 milhão de pessoas em 2015– tornam difícil garantir totalmente a segurança.
"Não podemos descartar que crimes aconteçam neste ano. Temos de ser realistas", declarou Matheis, ressaltando que a polícia tomará medidas firmes contra acusados de agressão sexual.
Alguns foliões ouvidos pela agência de notícias Reuters disseram que serão mais cautelosos. "Eu vou, mas ficarei sempre perto dos meus amigos e prestando atenção ao redor", disse a estudante de arqueologia Hanna, 19.
Outra estudante, Jana, 18, decidiu ir a uma festa menor fora da cidade. "Levarei meu spray de pimenta comigo. Costumava ir ao Carnaval de Colônia, mas, depois do que aconteceu na véspera do Ano-Novo, eu não me arriscaria."
Além do anúncio das medidas de segurança, para atrair mais pessoas à festa na cidade, a comissão do Carnaval de Colônia imprimiu panfletos para migrantes. Escritos em alemão, inglês e árabe, eles explicam como é a festa e convidam os interessados a participar.
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