Igor Gielow - FSP
BRASÍLIA - Em 2015, o humor do poder assumiu um caráter pendular mais exacerbado do que o normal. Ora o governo iria cair, ora mancar, ora dar a volta por cima.
O ano virou e a ciclotimia voltou. Dilma logrou perder o momento propiciado pela conjunção entre o STF zerando o impeachment e a mudança na Fazenda, e foi abalroada agora pela chegada da Lava Jato ao mundo das campanhas eleitorais petistas.
Opinião recolhida entre atores do PIB e da política é de que a
sustentação que restava à presidente esfarelou-se. Um megaempresário,
notório filopetista, disse recentemente a um algo surpreso cardeal da
oposição com todas as letras: "Acabou, já era".
Não é torcida. O governo não aprova nem feriado novo no Congresso, quem dirá CPMF ou reforma da Previdência; mesmo que sim, elas seriam insuficientes para resolver a desgraceira da evolução da dívida pública. Enquanto isso, a vida real aperta e as ruas ensaiam ressurgir.
O acuado PT, teoricamente último bastião do governo, está em debandada clara, refugiando-se nas muralhas do discurso "social" e de defesa do cada dia mais enrolado Lula. O PMDB sente o cheiro de sangue e se mexe de novo para pular do barco, quem sabe amealhando mais um ministeriozinho antes do epílogo.
Por fim, a supracitada entrada na cena judicial da figura do casal Santana e da imensa demanda por acarajés registrada pelos investigadores. Aqui o sortilégio é amplo: atinge passado, presente e futuro do esquema há 13 anos no poder, para não falar de sítios ou apartamentos.
A dinâmica assusta até os potenciais herdeiros de um desmanche. O fato subsistente é que PMDB e PSDB estão em consultas frenéticas sobre cenários possíveis, pressentindo que talvez desta vez o pêndulo trave numa posição final. É reversível, como ocorreu no ano passado? Talvez sim, mas o governo terá de mostrar habilidade até aqui inaudita ou contar com o imponderável.
Não é torcida. O governo não aprova nem feriado novo no Congresso, quem dirá CPMF ou reforma da Previdência; mesmo que sim, elas seriam insuficientes para resolver a desgraceira da evolução da dívida pública. Enquanto isso, a vida real aperta e as ruas ensaiam ressurgir.
O acuado PT, teoricamente último bastião do governo, está em debandada clara, refugiando-se nas muralhas do discurso "social" e de defesa do cada dia mais enrolado Lula. O PMDB sente o cheiro de sangue e se mexe de novo para pular do barco, quem sabe amealhando mais um ministeriozinho antes do epílogo.
Por fim, a supracitada entrada na cena judicial da figura do casal Santana e da imensa demanda por acarajés registrada pelos investigadores. Aqui o sortilégio é amplo: atinge passado, presente e futuro do esquema há 13 anos no poder, para não falar de sítios ou apartamentos.
A dinâmica assusta até os potenciais herdeiros de um desmanche. O fato subsistente é que PMDB e PSDB estão em consultas frenéticas sobre cenários possíveis, pressentindo que talvez desta vez o pêndulo trave numa posição final. É reversível, como ocorreu no ano passado? Talvez sim, mas o governo terá de mostrar habilidade até aqui inaudita ou contar com o imponderável.
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