Nos bastidores, o governo tem oferecido cargos de primeiro e segundo escalão para evitar a debandada do partido aliado
Nos bastidores, o governo tem agido para evitar o rompimento de mais
um aliado com o tradicional instrumento de barganha: cargos no primeiro e
segundo escalão. Está em jogo o Ministério da Saúde, hoje comandado
pelo peemedebista Marcelo Castro, que deve deixar o posto após o fim da
aliança entre o PMDB e o Planalto. A maior parte da resistência em se
descolar da aliança com Dilma parte de parlamentares implicados na
Operação Lava Jato, entre eles o ex-líder Eduardo da Fonte (PP-PE) e o
deputado Nelson Meurer (PP-PR). Assim como eles, o presidente da
legenda, Ciro Nogueira, também é investigado no escândalo do petrolão.
Após o encontro, os pepistas evitaram tratar das negociações feitas com o governo. Embora Dilma tenha pressa em recompor suas bases com a acomodação de aliados nas cadeiras vagas pelo PMDB, os interlocutores do PP afirmam que só vão se posicionar sobre cargos após a reunião da Executiva e agora falam em apoio a um "projeto de governo", seja ele de Dilma ou de seu possível sucessor Michel Temer.
"Estamos querendo participação em um programa de governo sem passar pelo fisiologismo", afirma o deputado Júlio Lopes (PP-RJ), um dos que trabalham pelo rompimento. "O PP não está negociando restos de governo. Estamos negociando uma proposta de governo, seja esse ou o próximo", continuou.
Outro articulador do desembarque, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) afirma que já há maioria do partido favorável ao fim da aliança com Dilma. "Temos um grupo que vai aprovar o impeachment. O mais importante é que o partido tome uma posição antes da votação em plenário", afirmou. Segundo ele, que acredita que a comissão vai pedir o afastamento de Dilma, a pressão popular após a decisão será determinante para a definição de uma posição entre os indecisos e os governistas.
Após o encontro, os pepistas evitaram tratar das negociações feitas com o governo. Embora Dilma tenha pressa em recompor suas bases com a acomodação de aliados nas cadeiras vagas pelo PMDB, os interlocutores do PP afirmam que só vão se posicionar sobre cargos após a reunião da Executiva e agora falam em apoio a um "projeto de governo", seja ele de Dilma ou de seu possível sucessor Michel Temer.
"Estamos querendo participação em um programa de governo sem passar pelo fisiologismo", afirma o deputado Júlio Lopes (PP-RJ), um dos que trabalham pelo rompimento. "O PP não está negociando restos de governo. Estamos negociando uma proposta de governo, seja esse ou o próximo", continuou.
Outro articulador do desembarque, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) afirma que já há maioria do partido favorável ao fim da aliança com Dilma. "Temos um grupo que vai aprovar o impeachment. O mais importante é que o partido tome uma posição antes da votação em plenário", afirmou. Segundo ele, que acredita que a comissão vai pedir o afastamento de Dilma, a pressão popular após a decisão será determinante para a definição de uma posição entre os indecisos e os governistas.
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