quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Violência, racismo, corrupção e crise resumem o Brasil, segundo think tank
Daniel Buarque - UOL
Violência, racismo, corrupção e crise resumem imagem do Brasil, diz revista de diplomaciaViolência, racismo, corrupção e crise resumem imagem do Brasil, diz revista de diplomacia
Um dos retratos mais críticos da imagem internacional do Brasil nos últimos anos foi publicado neste mês pela revista digital de relações internacionais “Foreign Policy in Focus''.
Em um texto que questiona “o que aconteceu'' com o país, a publicação diz que “o maior país da América Latina parecia em ascensão. Agora está marcado pela violência generalizada, por racismo estrutural, corrupção endêmica e choques econômicos externos'', diz.
Depois de tratar do avanço político e econômico do país nos 15 anos entre o Plano Real e a virada da segunda década do século XXI, a publicação reúne algumas das notícias mais recentes sobre o país na imprensa internacional para abordar as questões de segurança, corrupção e racismo, assim como a crise econômica. O resultado é um perfil nada elogioso.
O texto fala sobre o mapa global da violência, que indica que o Brasil tem algumas das cidades mais violentas do mundo. Fala ainda sobre notícias sobre brutalidade policial e a negação do racismo, que é apontado como um grave problema no país. A revista também aborda os escândalos de corrupção na Petrobras.
Após uma série de críticas, algumas ressalvas: “Não é tarde demais, é claro, para o Brasil fazer uma grande correção em sua direção'', diz. “Felizmente, na vida e no esporte, países conseguem ter uma segunda chance. O Brasil tem os ingredientes certos para ter uma performance de classe mundial'', complementa.
A “Foreign Policy in Focus'' é um projeto do Institute for Policy Studies (IPS), um “think tank'' multidisciplinar e de orientação progressista de Washington, DC. Com participação de mais de 600 pesquisadores, a publicação diz buscar a promoção da democracia e da responsabilidade dos EUA nas relações globais. O texto é assinado pelo pesquisador John Feffer, do IPS, diretor da publicação.

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