Renan já mandou emissário falar com senador. Veja o resumão
Felipe Moura Brasil - VEJA
2) A Polícia Federal apreendeu uma cópia da delação
de Fernando Baiano no gabinete de Delcídio. O chefe do gabinete, Diogo
Ferreira Rodrigues, disse achar, segundo seu advogado, “que alguém da
imprensa entregou essa cópia”.
Bravamente, resistirei a fazer uma lista de suspeitos.
3) Antes de ser preso, Delcídio estava grampeado com autorização da Justiça.
Ricardo Noblat, do Globo, diz que a PF “tem outras conversas dele gravadas – inclusive com um ministro do STF”.
A Folha acrescenta que Delcídio “teve audiência com Dias Toffoli, na presidência do Tribunal Superior Eleitoral, na semana seguinte à conversa gravada em que disse já ter falado com o ministro sobre a situação de Nestor Cerveró.
‘Divulguei na minha agenda. Ele acompanhou um advogado na entrega de um memorial contra a cassação de três vereadores de Campo Grande. Não falou de Lava Jato’, diz o ministro.”
É dever de repórteres identificar o tal advogado e verificar se confirma a versão de Toffoli. É dever de colunistas desconfiar de um ministro historicamente ligado ao PT.
Lula, que indicou Toffoli para diferentes cargos, camufla seu lobby internacional com palestras. Toffoli não poderia camuflar papos indevidos com Delcídio com entregas de memoriais?
4) Lauro Jardim: “Renan Calheiros enviou um emissário — um advogado — para conversar com Delcídio Amaral na PF. Delcídio não o recebeu.”
Josias de Souza, do UOL: “Em privado, Delcídio recordou a pelo menos uma pessoa que o visitou na cadeia que foi Renan Calheiros, presidente do Senado, quem apadrinhou, em 2003, a nomeação de Cerveró, hoje um temido delator da Lava Jato, para o posto de diretor da área Internacional da Petrobras.”
Renan fez apologia à libertação de Delcídio no Senado, mas perdeu. Deve estar cada vez mais preocupado com o que o comparsa pode contar a seu respeito. Será que Romário já mandou um emissário para conversar com André Esteves também?
5) O Globo informa que a PGR quer denunciar Delcídio Amaral, André Esteves e Edson Ribeiro até este domingo, antes que vença o prazo de prisão temporária do banqueiro, à noite.
Segundo Geraldo Samor, de VEJA Mercados, “dentro do banco, muitos sócios já torcem discretamente para que Esteves permaneça preso. ‘O estrago da prisão já foi feito. Se ele for solto, tem a chance de querer retomar, ‘matar no peito’ e isso pode criar mais problemas para o banco, mas se ele ficar preso mais cinco dias, o fim dele já estará sacramentado’, diz uma fonte do banco.”
Fora do BTG Pactual, no entanto, o que não falta é gente poderosa torcendo pela soltura, com o rabo-preso na mão.
6) O Estadão noticia que as prisões de Delcídio e Esteves precipitaram o avanço da Lava Jato em sua investida sobre o Palácio do Planalto como origem do esquema sistematizado de corrupção iniciado no governo Lula, em 2003.
Entre os negócios investigados pelas autoridades, segundo o jornal, está a parceria da Petrobrás com o banco BTG Pactual na África, firmada em 2013, na primeira gestão de Dilma Rousseff.
“De imediato, um ex-ministro do governo Dilma Rousseff afirmou ao Estado que, se encontrada irregularidade nessa transação, ela ‘destrói’ a narrativa do governo de que as ilicitudes na Petrobrás se limitavam aos mandatos de Lula.”
Ou seja: a Lava Jato também pode destruir Dilma Rousseff.
7) Estadão: “Bumlai – o amigo de Lula –, Delcídio e Esteves atrás das grades, faz a Lava Jato considerar inevitável que novos nomes do Planalto surjam nas investigações, ainda este ano.
Além de consolidar o rol de provas para mostrar que o esquema desbaratado na Petrobrás foi reproduzido em outras estatais do governo, em diferentes áreas, como energia, comunicações e infraestrutura, dentro da mesma sistemática.”
Radar de VEJA: “O Ministério Público Federal espera que a homologação da delação premiada de Nestor Cerveró ‘destrave’ as tratativas com Renato Duque e Jorge Zelada, que também hesitavam em contar tudo o que sabem.”
Amém, Lava Jato. Avante, MPF. Obrigado, Bernardo Cerveró.
Bravamente, resistirei a fazer uma lista de suspeitos.
3) Antes de ser preso, Delcídio estava grampeado com autorização da Justiça.
Ricardo Noblat, do Globo, diz que a PF “tem outras conversas dele gravadas – inclusive com um ministro do STF”.
A Folha acrescenta que Delcídio “teve audiência com Dias Toffoli, na presidência do Tribunal Superior Eleitoral, na semana seguinte à conversa gravada em que disse já ter falado com o ministro sobre a situação de Nestor Cerveró.
‘Divulguei na minha agenda. Ele acompanhou um advogado na entrega de um memorial contra a cassação de três vereadores de Campo Grande. Não falou de Lava Jato’, diz o ministro.”
É dever de repórteres identificar o tal advogado e verificar se confirma a versão de Toffoli. É dever de colunistas desconfiar de um ministro historicamente ligado ao PT.
Lula, que indicou Toffoli para diferentes cargos, camufla seu lobby internacional com palestras. Toffoli não poderia camuflar papos indevidos com Delcídio com entregas de memoriais?
4) Lauro Jardim: “Renan Calheiros enviou um emissário — um advogado — para conversar com Delcídio Amaral na PF. Delcídio não o recebeu.”
Josias de Souza, do UOL: “Em privado, Delcídio recordou a pelo menos uma pessoa que o visitou na cadeia que foi Renan Calheiros, presidente do Senado, quem apadrinhou, em 2003, a nomeação de Cerveró, hoje um temido delator da Lava Jato, para o posto de diretor da área Internacional da Petrobras.”
Renan fez apologia à libertação de Delcídio no Senado, mas perdeu. Deve estar cada vez mais preocupado com o que o comparsa pode contar a seu respeito. Será que Romário já mandou um emissário para conversar com André Esteves também?
5) O Globo informa que a PGR quer denunciar Delcídio Amaral, André Esteves e Edson Ribeiro até este domingo, antes que vença o prazo de prisão temporária do banqueiro, à noite.
Segundo Geraldo Samor, de VEJA Mercados, “dentro do banco, muitos sócios já torcem discretamente para que Esteves permaneça preso. ‘O estrago da prisão já foi feito. Se ele for solto, tem a chance de querer retomar, ‘matar no peito’ e isso pode criar mais problemas para o banco, mas se ele ficar preso mais cinco dias, o fim dele já estará sacramentado’, diz uma fonte do banco.”
Fora do BTG Pactual, no entanto, o que não falta é gente poderosa torcendo pela soltura, com o rabo-preso na mão.
6) O Estadão noticia que as prisões de Delcídio e Esteves precipitaram o avanço da Lava Jato em sua investida sobre o Palácio do Planalto como origem do esquema sistematizado de corrupção iniciado no governo Lula, em 2003.
Entre os negócios investigados pelas autoridades, segundo o jornal, está a parceria da Petrobrás com o banco BTG Pactual na África, firmada em 2013, na primeira gestão de Dilma Rousseff.
“De imediato, um ex-ministro do governo Dilma Rousseff afirmou ao Estado que, se encontrada irregularidade nessa transação, ela ‘destrói’ a narrativa do governo de que as ilicitudes na Petrobrás se limitavam aos mandatos de Lula.”
Ou seja: a Lava Jato também pode destruir Dilma Rousseff.
7) Estadão: “Bumlai – o amigo de Lula –, Delcídio e Esteves atrás das grades, faz a Lava Jato considerar inevitável que novos nomes do Planalto surjam nas investigações, ainda este ano.
Além de consolidar o rol de provas para mostrar que o esquema desbaratado na Petrobrás foi reproduzido em outras estatais do governo, em diferentes áreas, como energia, comunicações e infraestrutura, dentro da mesma sistemática.”
Radar de VEJA: “O Ministério Público Federal espera que a homologação da delação premiada de Nestor Cerveró ‘destrave’ as tratativas com Renato Duque e Jorge Zelada, que também hesitavam em contar tudo o que sabem.”
Amém, Lava Jato. Avante, MPF. Obrigado, Bernardo Cerveró.
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