Malbergier - FSP
Alguns cariocas e petistas em geral estão indignados com o que chamam de "agressão" a Chico Buarque no Leblon. Eu não vi agressão, mas um debate em termos muito mais civilizados (e alcoolizados) do que, por exemplo, o que petistas costumavam fazer quando tinham (mais) poder.
No já longínquo abril de 2014, o primeiro juiz negro do STF, Joaquim
Barbosa, também foi vítima de uma saidinha de bar, perseguido na rua por
petistas aos gritos de "tucano", "projeto de ditador" e o eterno coro
de "Dirceu / guerreiro / do povo brasileiro".
Ao contrário dos que hostilizaram Chico, entre os que hostilizaram Barbosa havia ao menos um funcionário pago por nossos impostos, lotado no gabinete de um deputado petista –sim, a militância petista-sindicalista é financiada por nós.
Outro fato notável é que os cariocas que se levantam indignados contra o quiproquó lebloniano nada dizem sobre a falência do sistema de saúde no Rio de Janeiro, um dos Estados mais ricos do país, que entrega aos seus cidadãos mais pobres e necessitados uma mortal indigência hospitalar. Imagine nas Olimpíadas.
O Rio de Janeiro é como sempre o símbolo mais lindo dos nossos fracassos. As descobertas de reservas de petróleo do pré-sal, por exemplo, poderiam ter sido sua redenção econômica. Mas o governo petista e Dilma Rousseff criaram um modelo de exploração que concentrou na Petrobras os investimentos para extração daquela potencial riqueza.
Se o modelo fosse outro, petroleiras estrangeiras já teriam investido bilhões de dólares e pago outros bilhões de royalties ao Estado e ao país. E os hospitais do Rio poderiam, se o dinheiro fosse bem usado, funcionar com mais eficiência. Agora, com o petróleo abaixo de US$ 50 e a Petrobras depredada pelos que se diziam seus maiores defensores, ninguém sabe se esse petróleo será extraído e esse dinheiro virá.
Este é só um exemplo de como a cegueira ideológica, a incompetência gerencial e a corrupção desembestada, marcas deste desgoverno, são fatais, principalmente para os pobres e dependentes dos serviços públicos.
Mas a turma do Chico não quer saber de fatos. A turma gosta da gostosa sensação de que apoiar partidos e ideais fossilizados da esquerda os redime dos seus pecados, os eleva. Dane-se a realidade, que para eles é confortável.
Num dos vídeos que gravou para a campanha de Dilma em 2014, Chico inclusive adotou a linha torpe da propaganda petista de sugerir que a derrota do PT seria o fim dos programas sociais.
Chico merece nosso respeito pelo grande artista que foi e é (sua grande arte é imortal). Mas ele não está imune ao debate duro do Brasil nem a ser confrontado por suas ideias e propaganda política.
Seria bom ouvir o que Chico tem a dizer dos escândalos de corrupção e das tenebrosas transações do governo petista, da incapacidade gerencial da presidente que fervorosamente promoveu, do autoritarismo do governo venezuelano que tanto admira.
Seu silêncio sobre tudo isso é ensurdecedor.
Ao contrário dos que hostilizaram Chico, entre os que hostilizaram Barbosa havia ao menos um funcionário pago por nossos impostos, lotado no gabinete de um deputado petista –sim, a militância petista-sindicalista é financiada por nós.
Outro fato notável é que os cariocas que se levantam indignados contra o quiproquó lebloniano nada dizem sobre a falência do sistema de saúde no Rio de Janeiro, um dos Estados mais ricos do país, que entrega aos seus cidadãos mais pobres e necessitados uma mortal indigência hospitalar. Imagine nas Olimpíadas.
O Rio de Janeiro é como sempre o símbolo mais lindo dos nossos fracassos. As descobertas de reservas de petróleo do pré-sal, por exemplo, poderiam ter sido sua redenção econômica. Mas o governo petista e Dilma Rousseff criaram um modelo de exploração que concentrou na Petrobras os investimentos para extração daquela potencial riqueza.
Se o modelo fosse outro, petroleiras estrangeiras já teriam investido bilhões de dólares e pago outros bilhões de royalties ao Estado e ao país. E os hospitais do Rio poderiam, se o dinheiro fosse bem usado, funcionar com mais eficiência. Agora, com o petróleo abaixo de US$ 50 e a Petrobras depredada pelos que se diziam seus maiores defensores, ninguém sabe se esse petróleo será extraído e esse dinheiro virá.
Este é só um exemplo de como a cegueira ideológica, a incompetência gerencial e a corrupção desembestada, marcas deste desgoverno, são fatais, principalmente para os pobres e dependentes dos serviços públicos.
Mas a turma do Chico não quer saber de fatos. A turma gosta da gostosa sensação de que apoiar partidos e ideais fossilizados da esquerda os redime dos seus pecados, os eleva. Dane-se a realidade, que para eles é confortável.
Num dos vídeos que gravou para a campanha de Dilma em 2014, Chico inclusive adotou a linha torpe da propaganda petista de sugerir que a derrota do PT seria o fim dos programas sociais.
Chico merece nosso respeito pelo grande artista que foi e é (sua grande arte é imortal). Mas ele não está imune ao debate duro do Brasil nem a ser confrontado por suas ideias e propaganda política.
Seria bom ouvir o que Chico tem a dizer dos escândalos de corrupção e das tenebrosas transações do governo petista, da incapacidade gerencial da presidente que fervorosamente promoveu, do autoritarismo do governo venezuelano que tanto admira.
Seu silêncio sobre tudo isso é ensurdecedor.
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