FSP
A proibição de bebidas alcoólicas é uma exigência das autoridades de
Teerã em visitas internacionais. No país, a venda e o consumo de álcool
são considerados "crimes contra Deus", cuja violação reiterada pode
levar à pena de morte.
A questão havia sido discutida em novembro, quando estava prevista a
visita do iraniano a Paris. O encontro, porém, foi cancelado devido à
série de atentados na capital francesa, que deixou 130 mortos.
A intenção das autoridades francesas era apresentar aos visitantes islâmicos uma seleção de vinhos franceses, como é praxe nas visitas dos mandatários estrangeiros, mas esbarrou na proibição iraniana às bebidas alcoólicas.
Na época, a França ofereceu como alternativa um café da manhã juntos entre os dois, que Teerã considerou "muito simples" para um reunião entre os dirigentes. Devido a isso, a refeição foi cancelada.
Isso não impediu, no entanto, que os dois países assinassem contratos de € 30 bilhões (R$ 133,8 bilhões) em negócios, como a compra de 118 aviões da Airbus e a reabertura das operações da Peugeot-Citroën no Irã.
ITÁLIA
Enquanto a França se recusou a abrir mão do vinho, as autoridades da Itália tiraram a bebida do jantar entre Rowhani, o presidente Sergio Mutarella e o primeiro-ministro Matteo Renzi, na última segunda-feira (25).
O governo italiano também cobriu estátuas com painéis brancos, a pedido das autoridades iranianas. Dentre elas, estava a Vênus Capitolina, estátua de uma mulher nua datada do século 2º antes de Cristo.
De acordo com o jornal italiano "Il Messagero", o Irã também pediu que a entrevista coletiva de Rowhani e Renzi não fosse realizada diante da estátua equestre em bronze do imperador Marco Aurélio, como havia sido programado —o motivo seriam os genitais da escultura do cavalo.
No Irã, a venda e o consumo de álcool são proibidos para todos os muçulmanos e autorizados em apenas algumas comunidades étnicas e de estrangeiros. No entanto, o consumo de bebida alcoólica é disseminado no país devido ao contrabando.
Charles Platiau/Reuters | ||
O presidente da França, François Hollande (à dir.), recebe o colega iraniano, Hasan Rowhani, em Paris |
A intenção das autoridades francesas era apresentar aos visitantes islâmicos uma seleção de vinhos franceses, como é praxe nas visitas dos mandatários estrangeiros, mas esbarrou na proibição iraniana às bebidas alcoólicas.
Na época, a França ofereceu como alternativa um café da manhã juntos entre os dois, que Teerã considerou "muito simples" para um reunião entre os dirigentes. Devido a isso, a refeição foi cancelada.
Isso não impediu, no entanto, que os dois países assinassem contratos de € 30 bilhões (R$ 133,8 bilhões) em negócios, como a compra de 118 aviões da Airbus e a reabertura das operações da Peugeot-Citroën no Irã.
ITÁLIA
Enquanto a França se recusou a abrir mão do vinho, as autoridades da Itália tiraram a bebida do jantar entre Rowhani, o presidente Sergio Mutarella e o primeiro-ministro Matteo Renzi, na última segunda-feira (25).
O governo italiano também cobriu estátuas com painéis brancos, a pedido das autoridades iranianas. Dentre elas, estava a Vênus Capitolina, estátua de uma mulher nua datada do século 2º antes de Cristo.
De acordo com o jornal italiano "Il Messagero", o Irã também pediu que a entrevista coletiva de Rowhani e Renzi não fosse realizada diante da estátua equestre em bronze do imperador Marco Aurélio, como havia sido programado —o motivo seriam os genitais da escultura do cavalo.
No Irã, a venda e o consumo de álcool são proibidos para todos os muçulmanos e autorizados em apenas algumas comunidades étnicas e de estrangeiros. No entanto, o consumo de bebida alcoólica é disseminado no país devido ao contrabando.
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