sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Mortalidade do parto em casa é 2,4 vezes maior que no hospital
Nascimentos no hospital tem ainda menos complicações para os bebês, mas mais cesáreas e casos de laceração
Leandro Narloch - VEJA
Bebês que nascem fora do hospital (em casa ou em centros de “parto humanizado”) correm 2,4 vezes mais chances de morrer que os nascidos em hospitais. A conclusão é de um estudo publicado em dezembro no New England Journal of Medicine, que analisou 80 mil nascimentos no estado americano do Oregon.
Segundo a pesquisa, a cada 1000 partos planejados para acontecer fora do hospital, 3,9 bebês morreram no parto ou no primeiro mês de vida. No hospital, a taxa caiu para 1,8 por 1000.
Além da maior mortalidade, os partos em casa resultaram em mais casos de convulsões neonatais e mais necessidade de transfusão de sangue para as mães e ventilação mecânica para os bebês.
Nem todas as conclusões da pesquisa são favoráveis ao parto hospitalar. Houve menos cesáreas nos partos em casa (5,3% contra 24% no hospital) e menos casos de laceração vaginal.
Há duas formas de interpretar os dados de mortalidade apresentados pelos pesquisadores. A primeira é que, nos dois casos, a mortalidade é baixa (0,39% no parto domiciliar contra 0,18% no hospitalar). A segunda é a óbvia: é mais seguro ter um filho no hospital que em casa.

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