Petrobras decide fechar refinaria no Japão, cuja compra se assemelha à de Pasadena
A compra foi aprovada em 2007 e tem a mancha do dedo podre de Nestor
Cerveró, então diretor internacional da gestão José Sérgio Gabrielli.
O negócio guarda alguma semelhança com o escândalo de Pasadena. Como
em Pasadena, o conselho de administração, presidido à época por Dilma
Rousseff, recebeu um resumo com informações marotas sobre o negócio.
O texto, assinado pelo notório Cerveró, omitia vários alertas feitos por técnicos da Petrobras.
Comprou-se um mico. Exatamente como ocorreu com a refinaria americana, numa transação feita um ano antes.
A Petrobras pagou US$ 350 milhões por sua primeira refinaria na Ásia
(nesse total foram computados os estoques adquiridos). E levou para casa
abacaxis azedos devidamente identificados pela área técnica da estatal
na apreciação prévia do negócio — avaliação, claro, foi desprezada por
Cerveró & Cia.
Um exemplo: embora teoricamente tivesse capacidade para refinar 100
mil barris por dia, restrições impostas pelas autoridades ambientais do
Japão não permitiam que o refino passasse de 50 mil barris.
Não bastasse a encrenca, eram 50 mil barris de óleo leve e a Petrobras produz óleo pesado.
Nansei já era deficitária sob o comando dos japoneses. Continuou dando prejuízo nas mãos ineficientes da Petrobras.
De acordo com o que alertara a área técnica, só um investimento
superior a US$ 1 bilhão poderia transformar a Nansei numa refinaria
lucrativa.
Desde abril passado, a Petrobras pôs seu mico asiático em estado de
hibernação. Não refinava mais nada ali, mas usava o terminal de
armazenamento para importação e distribuição de petróleo.
Agora, o conselho deu ordem para parar de vez todas as atividades ali. Nansei está à venda. Quem compra?
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