Angela Markel se reunirá neste domingo com ministros e membros da coalizão para discutir detalhes do acordo, que é questionada por parte da população
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Decisão: Envio de armas a curdos que lutam contra Estado
Islâmico (EI) em Israel é questionado por parte da população alemã
(Stefanie Loos/Reuters/VEJA)
A chanceler alemã, Angela Merkel, deve se reunir nesta tarde com os ministros de Defesa, Exterior, Finanças, Desenvolvimento e Economia para fechar a operação. Depois, ela terá um encontro com seus parceiros de coalizão União Social-Cristã (CSU) e Partido Social-Democrata. O acordo será submetido à votação no parlamento, mas, por não se tratar de uma intervenção de tropas no exterior, a opinião dos parlamentares não será vinculativa.
O governo espera respaldo da maioria, já que os parlamentares que apoiam a coalizão somam 504 cadeiras, contra 127 da oposição, formada pelos Verdes e pela Esquerda. Porém, o acordo é discutível, ainda mais em um país que sempre se recusou enviar armas para zonas em conflito.
“Não pode ser que a chefe de governo e cinco ministros decidam em segredo que a Alemanha enviará armas a uma região em crise”, disse neste sábado Anton Hofreiter, chefe do grupo dos Verdes, ao jornal Neuen Osnabrücker Zeitung. Na opinião do líder da Esquerda, Gregor Gysi, a decisão é “equivocada e contrária ao direito internacional”. As últimas pesquisas feitas no país indicam que mais de 60% da população discorda do envio de armas.
Iraque — O Iraque está mergulhado no caos desde que os jihadistas sunitas iniciaram uma ofensiva no dia 9 de junho ao norte de Bagdá, que se estendeu no início de agosto às localidades próximas à região autônoma do Curdistão. Após o lançamento desta ofensiva, as forças curdas tomaram o controle de várias zonas do norte do país abandonadas pelas forças iraquianas e lançaram um projeto de referendo de independência do Curdistão no início de julho. Em dois meses de violência, as potências ocidentais, aliviadas com a saída do primeiro-ministro xiita Nuri al Maliki – acusado de semear o caos no país com sua política de exclusão dos sunitas –, enviaram ajuda humanitária às centenas de milhares de refugiados que fugiam dos jihadistas, assim como armas às forças curdas.
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