Alan Marques - 6.jan.16/Folhapress | ||
O ministro Jaques Wagner passa por cinegrafistas após reunião com o vice, Michel Temer |
O mimo foi dado em março de 2014 por ocasião do aniversário do petista.
Na época, Wagner estava no último ano de seu segundo mandato como
governador.
As três garrafas de Vega Sicília Único Gran Reserva 2003 custaram, cada uma, R$ 2.059,95, e foram compradas em uma importadora de vinhos em São Paulo. Com impostos, totalizaram R$ 6.797,84.
Junto à nota fiscal há um e-mail da secretária de Pessoa, Maria de Brotas Neves: "Abaixo o endereço para a retirada dos vinhos para dr. Jaques Wagner. Dr. Ricardo irá escrever um bilhete".
Cópia do bilhete manuscrito, com data de 16/3/2014, diz: "meu caro governador. Não podia deixar de lhe cumprimentar pela passagem do seu aniversário", diz o texto.
A nota fiscal e trocas de mensagens referentes aos vinhos foram anexadas por Pessoa após um depoimento no qual ele fala sobre presentes a autoridades, mas não faz referência direta a Wagner.
Em suas declarações, o empreiteiro explica que os brindes "especiais", mais caros, eram enviados para "clientes específicos e agentes públicos, como governantes e parlamentares". "A intenção dessa distribuição de brindes era manter bom relacionamento", afirmou Pessoa.
O Código de Conduta Ética dos Agentes Públicos do governo federal estabelece que é vedado receber presente acima de R$ 100. Essa norma não se aplica necessariamente a governos regionais.
Em outro depoimento, no qual explica que doava de forma oficial a candidatos "que estavam na linha de interesse da UTC", Pessoa cita como exemplo as doações a Wagner, junto a outros políticos.
"Nunca foi pedido nada em troca, mas as doações abriram portas de acesso e colocavam a UTC em uma posição de destaque", justificou o empreiteiro em sua delação.
Pelos registros da Justiça Eleitoral, Wagner recebeu um total de R$ 2,4 milhões em doações da UTC no ano de 2010, sua reeleição ao governo da Bahia. O petista é ministro da Casa Civil desde o fim do ano passado.
OUTRO LADO
A assessoria de Jaques Wagner informou que ele não tem registros dos presentes recebidos nem se recorda desses vinhos.
Em nota divulgada na semana passada, em resposta a conversas suas com o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, Wagner sustentou "estar absolutamente tranquilo quanto a minha atividade política institucional, exclusivamente baseada na defesa dos interesses do Estado da Bahia e do Brasil".
As três garrafas de Vega Sicília Único Gran Reserva 2003 custaram, cada uma, R$ 2.059,95, e foram compradas em uma importadora de vinhos em São Paulo. Com impostos, totalizaram R$ 6.797,84.
Junto à nota fiscal há um e-mail da secretária de Pessoa, Maria de Brotas Neves: "Abaixo o endereço para a retirada dos vinhos para dr. Jaques Wagner. Dr. Ricardo irá escrever um bilhete".
Cópia do bilhete manuscrito, com data de 16/3/2014, diz: "meu caro governador. Não podia deixar de lhe cumprimentar pela passagem do seu aniversário", diz o texto.
A nota fiscal e trocas de mensagens referentes aos vinhos foram anexadas por Pessoa após um depoimento no qual ele fala sobre presentes a autoridades, mas não faz referência direta a Wagner.
Em suas declarações, o empreiteiro explica que os brindes "especiais", mais caros, eram enviados para "clientes específicos e agentes públicos, como governantes e parlamentares". "A intenção dessa distribuição de brindes era manter bom relacionamento", afirmou Pessoa.
O Código de Conduta Ética dos Agentes Públicos do governo federal estabelece que é vedado receber presente acima de R$ 100. Essa norma não se aplica necessariamente a governos regionais.
Em outro depoimento, no qual explica que doava de forma oficial a candidatos "que estavam na linha de interesse da UTC", Pessoa cita como exemplo as doações a Wagner, junto a outros políticos.
"Nunca foi pedido nada em troca, mas as doações abriram portas de acesso e colocavam a UTC em uma posição de destaque", justificou o empreiteiro em sua delação.
Pelos registros da Justiça Eleitoral, Wagner recebeu um total de R$ 2,4 milhões em doações da UTC no ano de 2010, sua reeleição ao governo da Bahia. O petista é ministro da Casa Civil desde o fim do ano passado.
OUTRO LADO
A assessoria de Jaques Wagner informou que ele não tem registros dos presentes recebidos nem se recorda desses vinhos.
Em nota divulgada na semana passada, em resposta a conversas suas com o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, Wagner sustentou "estar absolutamente tranquilo quanto a minha atividade política institucional, exclusivamente baseada na defesa dos interesses do Estado da Bahia e do Brasil".
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