Carta assinada pela mulher e sócia do marqueteiro petista, agora em poder da PF, foi endereçada a um dos operadores do esquema criminoso indicando contas na Inglaterra e nos Estados Unidos
A história começa nas primeiras horas da manhã do dia 5 de fevereiro
do ano passado, quando uma equipe de policiais federais bateu na porta
do engenheiro Zwi Skornicki, em um condomínio da Barra da Tijuca, no Rio
de Janeiro. Os agentes estavam atrás de computadores e documentos. As
buscas eram parte da nona fase da Operacão Lava-Jato, batizada de My
Way. Estavam na mira dos policiais onze operadores do petrolão que
haviam sido denunciados por Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras. Em
acordo de delação, Barusco revelou os detalhes de como funcionava o
esquema de corrupção na diretoria de Serviços da estatal. Apenas ele, um
funcionário de terceiro escalão, havia embolsado 97 milhões de dólares,
dinheiro que escondia em contas secretas no exterior. Barusco contou
como eram pagas as propinas em troca dos contratos, em especial aqueles
destinados à construção de plataformas e sondas para exploração de
petróleo em águas profundas. Organizado, ele tinha uma lista com o nome
de todos os operadores, quem cada um deles representava e,
principalmente, o que cada um fazia.
Zwi Skornicki, o morador do condomínio de luxo da Barra da Tijuca visitado pelos federais, era um dos nomes da lista de pagadores de propina. Havia anos ele era o representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, de Singapura, dono de contratos bilionários com a Petrobras. Segundo Barusco, de 2003 a 2013 Zwi foi o responsável por pagar - a ele, a outros funcionários da Petrobras e também ao PT - as comissões devidas pelo estaleiro asiático. Eram provas desses pagamentos que os agentes procuravam na casa do operador, mas a busca acabaria abrindo uma nova linha de investigação. Ao analisarem o material apreendido, os investigadores encontraram uma carta enviada em 2013 a Zwi com as coordenadas de duas contas no exterior, uma nos Estados Unidos e a outra na Inglaterra. A remetente da correspondência, manuscrita, era Mônica Moura, mulher e sócia do marqueteiro João Santana. Intrigante. Que ligação financeira poderia haver entre a esposa e sócia do marqueteiro da presidente da República e um operador de propinas do petrolão? Estranho. Num mundo digital, a comunicação ainda se deu por carta - talvez para não deixar rastros em e-mail ou mesmo em mensagem telefônica.
Zwi Skornicki, o morador do condomínio de luxo da Barra da Tijuca visitado pelos federais, era um dos nomes da lista de pagadores de propina. Havia anos ele era o representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, de Singapura, dono de contratos bilionários com a Petrobras. Segundo Barusco, de 2003 a 2013 Zwi foi o responsável por pagar - a ele, a outros funcionários da Petrobras e também ao PT - as comissões devidas pelo estaleiro asiático. Eram provas desses pagamentos que os agentes procuravam na casa do operador, mas a busca acabaria abrindo uma nova linha de investigação. Ao analisarem o material apreendido, os investigadores encontraram uma carta enviada em 2013 a Zwi com as coordenadas de duas contas no exterior, uma nos Estados Unidos e a outra na Inglaterra. A remetente da correspondência, manuscrita, era Mônica Moura, mulher e sócia do marqueteiro João Santana. Intrigante. Que ligação financeira poderia haver entre a esposa e sócia do marqueteiro da presidente da República e um operador de propinas do petrolão? Estranho. Num mundo digital, a comunicação ainda se deu por carta - talvez para não deixar rastros em e-mail ou mesmo em mensagem telefônica.
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