terça-feira, 1 de março de 2016

Assim como Grã-Bretanha, República Checa ameaça sair da UE
VEJA
Milos Zeman, presidente eleito da República ChecaMilos Zeman, presidente da República Checa(Reuters/VEJA)
O presidente da República Checa, Milos Zeman, afirmou que é favorável em criar um referendo sobre a saída do país da União Europeia (UE), ao estilo do que a Grã-Bretanha fará em junho. Com isso, ele confirma os temores dos defensores da EU sobre a possibilidade do desejo britânico inspirar outros países a questionar sua permanência no bloco. Segundo uma pesquisa realizada pela agência Stem, e publicada pelo jornal The Telegraph, três quintos da população checa afirma estar "infeliz" na União Europeia e 62% disseram que votariam contra o sistema de cotas imigratórias imposto pelo bloco ao país.
A declaração de Zeman é um reflexo de uma entrevista dada pelo primeiro-ministro checo, Bohuslav Sobotka, que afirmou na semana passada que "se a Grã-Bretanha deixar a União Europeia, nós poderemos esperar debates sobre abandonar a UE em alguns anos". Para ele, se os britânicos optarem pelo "sim" no dia 23 de junho, isso terá "um provável grande impacto" em todas as nações europeias.
A grande diferença entre os checos e os britânicos são as motivações para deixar o bloco. Enquanto os últimos apontam questões econômicas e de poder de veto dentro da União Europeia, Praga tem na crise imigratória sua principal objeção à política do grupo. O país critica a forma como a UE está lidando com a crise imigratória - a maior desde o fim da II Guerra Mundial.
A República Checa defende a volta dos controles nos postos de fronteira de cada Estado-membro, colocando em risco o Tratado de Schengen, que define a livre circulação de pessoas e mercadorias no bloco econômico.

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