Eric Schmitt e David E. Sanger - NYT
Chang W. Lee/The New York Times
Campo de treinamento da Al-Qaeda destruído no Afeganistão, em 2001; EUA temem ressurgimento de velho inimigo
Enquanto o governo Obama luta para combater o Estado Islâmico e o Taleban ressurgente, um velho inimigo está reaparecendo no Afeganistão: campos de treinamento da Al-Qaeda estão se multiplicando por lá, obrigando o Pentágono e as agências de inteligência dos Estados Unidos a avaliarem se estes locais podem se tornar o berço de ataques contra os Estados Unidos.
A maior parte dos campos não é tão grande quanto aqueles que Osama bin Laden construíu antes dos ataques de 11 de setembro de 2001. Mas se eles tivessem aparecido há alguns anos, teriam subido ao topo da lista de ameaças apresentadas ao presidente Barack Obama no resumo diário de informações de inteligência. Agora, eles são apenas alguns entre muitos -- e, talvez, dizem oficiais dos EUA, nem sejam os mais urgentes na lista do Pentágono no Afeganistão.
Chang W. Lee/The New York Times
Campo de treinamento da Al-Qaeda destruído no Afeganistão, em 2001; EUA temem ressurgimento de velho inimigo
Enquanto o governo Obama luta para combater o Estado Islâmico e o Taleban ressurgente, um velho inimigo está reaparecendo no Afeganistão: campos de treinamento da Al-Qaeda estão se multiplicando por lá, obrigando o Pentágono e as agências de inteligência dos Estados Unidos a avaliarem se estes locais podem se tornar o berço de ataques contra os Estados Unidos.
A maior parte dos campos não é tão grande quanto aqueles que Osama bin Laden construíu antes dos ataques de 11 de setembro de 2001. Mas se eles tivessem aparecido há alguns anos, teriam subido ao topo da lista de ameaças apresentadas ao presidente Barack Obama no resumo diário de informações de inteligência. Agora, eles são apenas alguns entre muitos -- e, talvez, dizem oficiais dos EUA, nem sejam os mais urgentes na lista do Pentágono no Afeganistão.
A
resiliência da Al Qaeda no Afeganistão parece ter pego de surpresa os
EUA e as autoridades afegãs. Até este outono, as autoridades
norte-americanas estavam bastante focadas em caçar os últimos líderes
remanescentes da Al Qaeda, escondidos ao longo da fronteira montanhosa e
acidentada do Afeganistão com o Paquistão.
Pelo menos em público, o governo tem falado pouco sobre o novo desafio ou sobre sua estratégia para enfrentar a ameaça da Al Qaeda, enquanto corre para ajudar o governo afegão a combater a ameaça considerada mais premente: o aumento de ataques violentos do Taleban, a rede Haqqani e um novo braço do Estado Islâmico. Ex-funcionários do governo foram mais francos --especialmente aqueles que estavam na linha de frente da batalha inicial para destruir a liderança central da Al Qaeda.
"Eu me preocupo com o renascimento da Al Qaeda no Afeganistão por causa da lista de alvos deles --ou seja: nós", disse Michael Morell, vice-diretor da CIA até dois anos atrás, cujo livro "The Great War of Our Time" ["A Grande Guerra dos Nossos Tempos", em tradução livre] narra os esforços dos governos Bush e Obama para destruir a liderança da Al Qaeda.
"É por isso que precisamos nos preocupar com o ressurgimento do Taleban", disse Morell, "porque, assim como antes, o Taleban fornecerá um refúgio seguro para a Al Qaeda."
Um alto funcionário do governo ofereceu uma visão diferente, dizendo que o aumento da atividade da Al Qaeda resultou mais das operações militares paquistanesas, que empurraram os combatentes através da fronteira para o Afeganistão, do que da Al Qaeda alistar novos recrutas afegãos dentro do país.
Em outubro, os EUA e os militares afegãos, apoiados por dezenas de ataques aéreos dos EUA, atacaram um campo de treinamento da Al Qaeda na parte sul do país, que segundo os militares é um dos maiores já descobertos. O ataque, que levou vários dias, atingiu duas áreas de formação --uma delas espalhada ao longo de 80 quilômetros quadrados-- com túneis e fortificações elaborados. Cerca de 200 combatentes foram mortos, disseram autoridades norte-americanas.
Altos funcionários do governo admitem que há outros acampamentos ou bases da Al Qaeda, e pelo menos um na província de Helmand, embora eles não tenham certeza de quantos exatamente já que os campos se tornaram mais difíceis de detectar depois do ataque de outubro. Os funcionários --quatro de três agências federais diferentes-- falaram sob a condição de anonimato para discutir avaliações confidenciais de inteligência.
Um porta-voz do exército dos Estados Unidos no Afeganistão, coronel Michael T. Lawhorn, recusou-se por e-mail a discutir "qualquer informação de inteligência atual que possamos ter sobre os campos de treinamento da Al Qaeda".
Os dois campos atacados no outono ficavam numa área pouco povoada da província de Kandahar, ao longo da fronteira sul do Afeganistão com o Paquistão. Algumas das instalações aparentemente estavam no local há cerca de um ano e meio, sem serem detectadas pelos EUA, espiões afegãos ou aeronaves de vigilância.
"Isso aconteceu principalmente porque, sabe, é uma parte muito remota de Kandahar", disse o general John F. Campbell, principal comandante dos EUA no Afeganistão, em uma reunião com repórteres há duas semanas.
Por meses seguidos, Campbell alertou sobre a Al Qaeda no contexto mais amplo do complexo ambiente de ameaças do Afeganistão. Em outubro, ele disse ao Congresso que as forças de segurança afegãs "até agora têm se mostrado incapazes de erradicar totalmente a Al Qaeda."
"A Al-Qaeda tentou reconstruir as redes de apoio e seus recursos de planejamento com a intenção de reconstituir a capacidade de atacar o território dos EUA e os interesses ocidentais", disse Campbell em seu depoimento.
O general disse que a pressão dos EUA e de seus aliados afegãos contra os combatentes da Al Qaeda havia obrigado a organização a se "concentrar mais na sobrevivência do que no planejamento de ataques futuros", mas que é necessário continuar pressionando para impedir que a Al Qaeda conquiste um novo espaço.
A descoberta do acampamento atacado em outubro levantou dúvidas sobre a capacidade dos militares norte-americanos de detectar e destruir um importante reduto da Al Qaeda no país, mais de 14 anos após a invasão liderada pelos EUA no Afeganistão que expulsou a Al Qaeda e derrubou o governo do Taleban que a apoiava.
Campbell disse na época da invasão de outubro que o acampamento era usado por um novo braço da organização chamado Al Qaeda no Subcontinente Indiano, ou AQIS. Ayman al-Zawahri, líder mundial da Al Qaeda, anunciou a criação da filial em setembro de 2014, principalmente em resposta ao crescimento de seu rival, o Estado Islâmico. Acredita-se que a nova ala, que os analistas dos EUA dizem ter várias centenas de combatentes, tem base no Paquistão e o foco na Índia, Paquistão e outras nações no sul da Ásia.
No ano passado, combatentes da AQIS começaram a migrar de refúgios no Waziristão do Norte e leste do Afeganistão para as províncias de Helmand e Kandahar, no sul do país, depois que o Paquistão lançou uma ofensiva militar na região, disse Seth Jones, especialista em Afeganistão na RAND Corporation. Kandahar e Helmand não costumavam ser redutos da Al Qaeda.
"A expansão para o sul é relativamente recente", disse Jones.
Autoridades de segurança do Afeganistão dizem que muitos desses combatentes estrangeiros que estão chegando vêm da Ásia Central, e em muitos casos suas afiliações são desconhecidas. No passado, alguns dos grupos eram afiliados à Al Qaeda, mas também há relatos de que alguns desses combatentes se dizem leais ao Estado Islâmico.
Um oficial de inteligência dos EUA procurou minimizar a ameaça do novo braço da Al Qaeda, chamando-o de "uma ameaça regional que está atualmente concentrada em planejar ataques no Paquistão e estabelecer uma presença no sul da Ásia. Apesar de seu refúgio, o grupo não foi visto realizando ataques contra alvos afegãos ou ocidentais no Afeganistão."
O surgimento de novos campos de treinamento da Al Qaeda acontece em meio a uma erosão generalizada da segurança em grande parte do país. "No segundo semestre de 2015, a situação geral de segurança no Afeganistão se deteriorou, com um aumento de ataques dos insurgentes e mais mortes no ANDSF e no Taleban", disse o Pentágono em um relatório divulgado há duas semanas, usando a sigla das Forças de Segurança e Defesa Nacional do Afeganistão.
Campbell disse aos legisladores que a militância com base no Paquistão, a rede Haqqani, continua sendo uma importante "facilitadora" para a Al Qaeda no Afeganistão. Os dois grupos, disse ele, compartilham do objetivo de "expulsar as forças de coalizão, derrubar o governo afegão e restabelecer um Estado extremista."
Completando as ameaças no Afeganistão, Campbell disse aos legisladores que o braço do Estado Islâmico no país está atraindo rapidamente novos combatentes com sua "ideologia extremista virulenta".
"Embora muitos jihadistas ainda vejam a Al Qaeda como a base moral da jihad mundial, eles veem o Daesh como seu braço decisivo em ação", disse ele, usando outro nome do Estado Islâmico.
Citando uma observação do presidente afegão, Ashraf Ghani, Campbell disse: "se a Al-Qaeda é o Windows 1.0, o Daesh é o Windows 7.0."
O braço da Al Qaeda no subcontinente indiano também planejou ataques fora do Afeganistão. Militantes da Al Qaeda tentaram sequestrar pelo menos uma fragata da Marinha paquistanesa em setembro de 2014 e usá-la para atacar navios da patrulha antiterrorismo da Marinha dos EUA no noroeste do Oceano Índico.
O ataque ao navio da Marinha foi frustrado após um tiroteio. Autoridades paquistanesas e norte-americanas disseram que a ação teve a participação de membros da Marinha do Paquistão que tinham sido recrutados pela Al Qaeda. O ataque, em que 10 militantes morreram, gerou preocupação quanto à infiltração terrorista nas forças militares do Paquistão, que tem armas nucleares.
Em maio, o líder do novo braço da Al Qaeda postou um vídeo reivindicando a responsabilidade pela morte de Avijit Roy, um blogueiro ateu bangladeshi-americano que foi assassinado em 26 de fevereiro por homens com facões ao sair de uma feira de livros em Dhaka, Bangladesh.
O novo braço da Al Qaeda sofreu alguns revezes. O vice-líder do grupo era Ahmed Farouq, um militante nascido nos EUA que aparentemente era visto como uma estrela em ascensão nos círculos jihadistas. Numa carta a Bin Laden em 2010, que se tornou pública durante um julgamento de terrorismo em Nova York este ano, um militante de mesmo nome foi apontado como alguém com um potencial de liderança semelhante.
Mas Farouq foi morto em janeiro, junto com outros cinco suspeitos de serem líderes, no mesmo ataque aéreo que também matou equivocadamente um funcionário de ajuda humanitária dos EUA, Warren Weinstein, e um refém italiano.
Tradutor: Eloise de Vylder
Pelo menos em público, o governo tem falado pouco sobre o novo desafio ou sobre sua estratégia para enfrentar a ameaça da Al Qaeda, enquanto corre para ajudar o governo afegão a combater a ameaça considerada mais premente: o aumento de ataques violentos do Taleban, a rede Haqqani e um novo braço do Estado Islâmico. Ex-funcionários do governo foram mais francos --especialmente aqueles que estavam na linha de frente da batalha inicial para destruir a liderança central da Al Qaeda.
"Eu me preocupo com o renascimento da Al Qaeda no Afeganistão por causa da lista de alvos deles --ou seja: nós", disse Michael Morell, vice-diretor da CIA até dois anos atrás, cujo livro "The Great War of Our Time" ["A Grande Guerra dos Nossos Tempos", em tradução livre] narra os esforços dos governos Bush e Obama para destruir a liderança da Al Qaeda.
"É por isso que precisamos nos preocupar com o ressurgimento do Taleban", disse Morell, "porque, assim como antes, o Taleban fornecerá um refúgio seguro para a Al Qaeda."
Um alto funcionário do governo ofereceu uma visão diferente, dizendo que o aumento da atividade da Al Qaeda resultou mais das operações militares paquistanesas, que empurraram os combatentes através da fronteira para o Afeganistão, do que da Al Qaeda alistar novos recrutas afegãos dentro do país.
Em outubro, os EUA e os militares afegãos, apoiados por dezenas de ataques aéreos dos EUA, atacaram um campo de treinamento da Al Qaeda na parte sul do país, que segundo os militares é um dos maiores já descobertos. O ataque, que levou vários dias, atingiu duas áreas de formação --uma delas espalhada ao longo de 80 quilômetros quadrados-- com túneis e fortificações elaborados. Cerca de 200 combatentes foram mortos, disseram autoridades norte-americanas.
Altos funcionários do governo admitem que há outros acampamentos ou bases da Al Qaeda, e pelo menos um na província de Helmand, embora eles não tenham certeza de quantos exatamente já que os campos se tornaram mais difíceis de detectar depois do ataque de outubro. Os funcionários --quatro de três agências federais diferentes-- falaram sob a condição de anonimato para discutir avaliações confidenciais de inteligência.
Um porta-voz do exército dos Estados Unidos no Afeganistão, coronel Michael T. Lawhorn, recusou-se por e-mail a discutir "qualquer informação de inteligência atual que possamos ter sobre os campos de treinamento da Al Qaeda".
Os dois campos atacados no outono ficavam numa área pouco povoada da província de Kandahar, ao longo da fronteira sul do Afeganistão com o Paquistão. Algumas das instalações aparentemente estavam no local há cerca de um ano e meio, sem serem detectadas pelos EUA, espiões afegãos ou aeronaves de vigilância.
"Isso aconteceu principalmente porque, sabe, é uma parte muito remota de Kandahar", disse o general John F. Campbell, principal comandante dos EUA no Afeganistão, em uma reunião com repórteres há duas semanas.
Por meses seguidos, Campbell alertou sobre a Al Qaeda no contexto mais amplo do complexo ambiente de ameaças do Afeganistão. Em outubro, ele disse ao Congresso que as forças de segurança afegãs "até agora têm se mostrado incapazes de erradicar totalmente a Al Qaeda."
"A Al-Qaeda tentou reconstruir as redes de apoio e seus recursos de planejamento com a intenção de reconstituir a capacidade de atacar o território dos EUA e os interesses ocidentais", disse Campbell em seu depoimento.
O general disse que a pressão dos EUA e de seus aliados afegãos contra os combatentes da Al Qaeda havia obrigado a organização a se "concentrar mais na sobrevivência do que no planejamento de ataques futuros", mas que é necessário continuar pressionando para impedir que a Al Qaeda conquiste um novo espaço.
A descoberta do acampamento atacado em outubro levantou dúvidas sobre a capacidade dos militares norte-americanos de detectar e destruir um importante reduto da Al Qaeda no país, mais de 14 anos após a invasão liderada pelos EUA no Afeganistão que expulsou a Al Qaeda e derrubou o governo do Taleban que a apoiava.
Campbell disse na época da invasão de outubro que o acampamento era usado por um novo braço da organização chamado Al Qaeda no Subcontinente Indiano, ou AQIS. Ayman al-Zawahri, líder mundial da Al Qaeda, anunciou a criação da filial em setembro de 2014, principalmente em resposta ao crescimento de seu rival, o Estado Islâmico. Acredita-se que a nova ala, que os analistas dos EUA dizem ter várias centenas de combatentes, tem base no Paquistão e o foco na Índia, Paquistão e outras nações no sul da Ásia.
No ano passado, combatentes da AQIS começaram a migrar de refúgios no Waziristão do Norte e leste do Afeganistão para as províncias de Helmand e Kandahar, no sul do país, depois que o Paquistão lançou uma ofensiva militar na região, disse Seth Jones, especialista em Afeganistão na RAND Corporation. Kandahar e Helmand não costumavam ser redutos da Al Qaeda.
"A expansão para o sul é relativamente recente", disse Jones.
Autoridades de segurança do Afeganistão dizem que muitos desses combatentes estrangeiros que estão chegando vêm da Ásia Central, e em muitos casos suas afiliações são desconhecidas. No passado, alguns dos grupos eram afiliados à Al Qaeda, mas também há relatos de que alguns desses combatentes se dizem leais ao Estado Islâmico.
Um oficial de inteligência dos EUA procurou minimizar a ameaça do novo braço da Al Qaeda, chamando-o de "uma ameaça regional que está atualmente concentrada em planejar ataques no Paquistão e estabelecer uma presença no sul da Ásia. Apesar de seu refúgio, o grupo não foi visto realizando ataques contra alvos afegãos ou ocidentais no Afeganistão."
O surgimento de novos campos de treinamento da Al Qaeda acontece em meio a uma erosão generalizada da segurança em grande parte do país. "No segundo semestre de 2015, a situação geral de segurança no Afeganistão se deteriorou, com um aumento de ataques dos insurgentes e mais mortes no ANDSF e no Taleban", disse o Pentágono em um relatório divulgado há duas semanas, usando a sigla das Forças de Segurança e Defesa Nacional do Afeganistão.
Campbell disse aos legisladores que a militância com base no Paquistão, a rede Haqqani, continua sendo uma importante "facilitadora" para a Al Qaeda no Afeganistão. Os dois grupos, disse ele, compartilham do objetivo de "expulsar as forças de coalizão, derrubar o governo afegão e restabelecer um Estado extremista."
Completando as ameaças no Afeganistão, Campbell disse aos legisladores que o braço do Estado Islâmico no país está atraindo rapidamente novos combatentes com sua "ideologia extremista virulenta".
"Embora muitos jihadistas ainda vejam a Al Qaeda como a base moral da jihad mundial, eles veem o Daesh como seu braço decisivo em ação", disse ele, usando outro nome do Estado Islâmico.
Citando uma observação do presidente afegão, Ashraf Ghani, Campbell disse: "se a Al-Qaeda é o Windows 1.0, o Daesh é o Windows 7.0."
O braço da Al Qaeda no subcontinente indiano também planejou ataques fora do Afeganistão. Militantes da Al Qaeda tentaram sequestrar pelo menos uma fragata da Marinha paquistanesa em setembro de 2014 e usá-la para atacar navios da patrulha antiterrorismo da Marinha dos EUA no noroeste do Oceano Índico.
O ataque ao navio da Marinha foi frustrado após um tiroteio. Autoridades paquistanesas e norte-americanas disseram que a ação teve a participação de membros da Marinha do Paquistão que tinham sido recrutados pela Al Qaeda. O ataque, em que 10 militantes morreram, gerou preocupação quanto à infiltração terrorista nas forças militares do Paquistão, que tem armas nucleares.
Em maio, o líder do novo braço da Al Qaeda postou um vídeo reivindicando a responsabilidade pela morte de Avijit Roy, um blogueiro ateu bangladeshi-americano que foi assassinado em 26 de fevereiro por homens com facões ao sair de uma feira de livros em Dhaka, Bangladesh.
O novo braço da Al Qaeda sofreu alguns revezes. O vice-líder do grupo era Ahmed Farouq, um militante nascido nos EUA que aparentemente era visto como uma estrela em ascensão nos círculos jihadistas. Numa carta a Bin Laden em 2010, que se tornou pública durante um julgamento de terrorismo em Nova York este ano, um militante de mesmo nome foi apontado como alguém com um potencial de liderança semelhante.
Mas Farouq foi morto em janeiro, junto com outros cinco suspeitos de serem líderes, no mesmo ataque aéreo que também matou equivocadamente um funcionário de ajuda humanitária dos EUA, Warren Weinstein, e um refém italiano.
Tradutor: Eloise de Vylder
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